Bras�lia, 23 - O n�vel de atividade da ind�stria da constru��o caiu em junho em rela��o ao m�s anterior e ficou em 44,3 pontos, segundo Sondagem da Ind�stria da Constru��o da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), divulgada nesta ter�a-feira, 23. Em maio, o resultado foi de 46,9 pontos. Os valores abaixo de 50 pontos indicam queda da atividade em rela��o ao m�s anterior. J� o n�vel de atividade em rela��o ao usual para o m�s ficou em 42,3 pontos, o que, conforme a CNI, � o menor n�vel da s�rie. Em maio, foi de 44,8 pontos.
O n�vel de atividade n�o cresce desde mar�o de 2012 e mostra retra��o desde dezembro. "Uma recupera��o mais contundente da constru��o dependeria de um crescimento econ�mico mais forte. Contudo, n�o h� sinais nesse sentido", aponta a CNI no documento. "H� incertezas por parte do consumidor em rela��o ao futuro, o que prejudica sua disposi��o a assumir financiamentos de longo prazo. A revers�o nesse cen�rio demanda amplia��o dos investimentos p�blicos, amplia��o das parcerias p�blico-privadas e melhores condi��es regulat�rias para o investimento privado."
A Utiliza��o da Capacidade de Opera��o (UCO) do setor passou de 69% em maio para 68% em junho. O n�mero de empregados caiu em junho. O �ndice que aponta a evolu��o do n�mero de empregados foi de 45,5 pontos em junho. A retra��o no n�mero de empregados, segundo a CNI, foi disseminada entre as empresas. De acordo com a pesquisa, a constru��o n�o expande o quadro de funcion�rios desde abril de 2012.
A CNI aponta que os tr�s setores da ind�stria da constru��o (constru��o de edif�cios, obras de infraestrutura e servi�os especializados) mostram desaquecimento, acompanhando a ind�stria da constru��o como um todo.
Situa��o financeira
Na pesquisa feita em julho, em rela��o ao segundo trimestre do ano, os empres�rios da ind�stria da constru��o avaliaram a margem de lucro operacional como insatisfat�ria. O indicador de 44,2 pontos foi o menor n�vel da s�rie. O pre�o dos insumos e de mat�rias-primas foi maior no segundo trimestre do que no primeiro.
A situa��o financeira foi classificada como insatisfat�ria pelos empres�rios: o indicador ficou em 46,7 pontos, o pior da s�rie hist�rica. Os empres�rios tamb�m n�o se mostraram satisfeitos em rela��o ao cr�dito. O acesso foi considerado dif�cil pelos empres�rios. O indicador, de 43,2 pontos, foi o menor j� registrado.
Questionados sobre os principais entraves do setor, os empres�rios elegeram a elevada carga tribut�ria como o maior problema no segundo trimestre do ano. A falta de trabalhador qualificado ficou na segunda posi��o e o alto custo da m�o de obra, em terceiro. As taxas de juros elevadas apareceram na quarta posi��o e a falta de demanda, em quinto.
Futuro
As expectativas dos empres�rios para o n�vel de atividade para os pr�ximos seis meses ainda apontam perspectivas de crescimento, mas est�o menos otimistas. O �ndice de julho, de 54,6 pontos, � o menor indicador de expectativa da s�rie. Em junho, esse indicador era de 55,9 pontos. Em rela��o a novos empreendimentos e servi�os, o otimismo tamb�m � o menor registrado: 54,4 pontos (em junho, era de 55,6 pontos).
O indicador de expectativas de compras de insumos e mat�rias-primas acompanhou os demais e caiu para 54,4 pontos ante 54,5 pontos do m�s anterior. Na perspectiva sobre o n�mero de empregados ficou em 54,7 pontos, pouco acima do m�s anterior, que foi de 54,3 pontos. A pesquisa foi feita entre 1º e 12 de julho com 522 empresas.