Emiss�o para BNDES e Caixa � 1� coloca��o direta do ano

O coordenador-geral de Opera��es da D�vida P�blica do Tesouro, Fernando Garrido, informou que as emiss�es diretas em junho, de R$ 15 bilh�es para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e de R$ 8 bilh�es para a Caixa Econ�mica Federal, foram destinadas ao aumento de capital das institui��es, por meio de instrumento h�brido de capital e d�vida. Segundo ele, � a primeira coloca��o direta neste ano.

Mais cedo nesta quarta-feira, 24, o Tesouro Nacional divulgou que a alta de 2,6% no estoque da D�vida P�blica Federal (DPF) em junho sobre o m�s anterior � explicada por uma emiss�o l�quida no valor de R$ 31,737 bilh�es e uma apropria��o de juros de R$ 18,646 bilh�es.

O Tesouro fez em junho uma antecipa��o de pagamento da d�vida contratual externa com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de R$ 5,03 bilh�es. Em entrevista � imprensa para comentar os dados do m�s passado, Garrido esclareceu que o pr�-pagamento da d�vida teve como objetivo abrir espa�o na carteira do BID para concess�o de novos empr�stimos ao Brasil. Ele informou ainda que o espa�o deve ser usado por Estados e munic�pios, principalmente para financiar projetos de infraestrutura.

O Tesouro havia adotado a estrat�gia no ano passado, antecipando pagamento da d�vida com o Banco Mundial (Bird). Garrido disse que este � o primeiro pr�-pagamento este ano. A carteira destinada ao Brasil pelo BID estava pr�xima do limite, explicou. O coordenador afirmou que n�o h� novas opera��es desse tipo previstas para os pr�ximos meses. "A d�vida da Uni�o com organismos multilaterais � muito pequena. N�o tem nada relevante em vista."

Estrangeiros
O coordenador-geral relatou que o crescimento da participa��o de estrangeiros na D�vida P�blica Mobili�ria Federal interna (DPMFi) pode ser creditado ao fim da cobran�a do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) em junho. "O fim do IOF trouxe novo fluxo de compra de t�tulos p�blicos pelos investidores n�o residentes, concentrado principalmente em t�tulos prefixados de prazos mais longos", disse. A participa��o de estrangeiros na DPMFi chegou a R$ 275,18 bilh�es em junho, com 14,52%. O aumento foi de cerca de R$ 10 bilh�es frente a maio, quando o valor era de R$ 264,69 bilh�es, com 14,38%.

"� dif�cil prever uma acelera��o da entrada de estrangeiros nos pr�ximos meses. O que podemos imaginar � que, com o fim do IOF, os investimentos que estavam sendo planejados foram efetivados", disse. Depois, Garrido disse que voltaram a existir as condi��es do per�odo anterior ao IOF. "Esperamos que continue como tend�ncia de m�dio e longo prazo o aumento gradual de estrangeiros", completou.