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Estado de Minas

Arrocho chega, com d�vida em R$ 2 tri

Na contram�o do corte no Or�amento, inje��o de recursos nos bancos endivida o Tesouro Nacional em 2,6% frente a maio


postado em 25/07/2013 06:00 / atualizado em 25/07/2013 06:50

 Enquanto o governo se debatia para definir cortes no Or�amento, o Tesouro Nacional realizou duas opera��es no sentido oposto das promessas de arrocho fiscal que seriam feitas pela equipe econ�mica. Um m�s antes de o decreto de contigenciamento ser anunciado, a institui��o captou R$ 23 bilh�es no mercado e injetou no Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e na Caixa Econ�mica Federal. Esse aporte, apesar de necess�rio para garantir empr�stimos mais baratos, � exatamente o que o Minist�rio da Fazenda e o do Planejamento prometeram vetar: expans�o de cr�dito subsidiado. Com isso, a d�vida p�blica cresceu 2,6% entre maio e junho, ficando pr�xima de R$ 2 trilh�es.

O endividamento do Estado n�o �  propriamente um mau neg�cio, tendo em vista que o cr�dito impulsiona o crescimento da economia. O problema consiste no estrago que os juros causam num pa�s que aumenta as suas d�vidas em per�odo de crescimento baixo. Apenas no m�s passado, as emiss�es do Tesouro Nacional foram de R$ 61,47 bilh�es. Desse total, R$ 15 bilh�es ficaram no BNDES e R$ 8 bilh�es na Caixa, que usou o dinheiro da capitaliza��o para garantir a execu��o do Minha Casa Melhor — programa de financiamento de m�veis e eletrodom�sticos com juros reais negativos. Isso significa que o governo captou recursos no mercado a uma taxa e, na hora de emprestar �s fam�lias, deu o dinheiro a juros muito mais baixos, inferiores aos custos que teve, ou seja, os cofres p�blicos ficaram no preju�zo.

“Foram R$ 23 bilh�es para o BNDES e para a Caixa, emiss�es diretas para aumentar o capital dessas institui��es”, disse Fernando Garrido, coordenador-geral de Opera��es da D�vida P�blica. Ainda segundo Garrido, esse foi o primeiro procedimento do tipo em 2013. Com toda essa opera��o, a despesa de juros (da d�vida interna) do governo cresceu. Em junho, ela ficou em R$ 15 bilh�es, volume 9,40% maior que o registrado em igual m�s de 2012.

O Tesouro informou que fez em junho uma antecipa��o de pagamento da d�vida contratual externa com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), quitando R$ 5,03 bilh�es. Segundo Garrido, “o pr�-pagamento da d�vida teve como objetivo abrir espa�o na carteira do BID para concess�o de novos empr�stimos ao pa�s”. Ele explicou que o limite de cr�dito do Brasil no organismo internacional estava pr�ximo do limite e que o objetivo principal desse adiantamento era abrir margem para que estados e munic�pios pudessem tomar recursos para investir em infraestrutura.

 “A d�vida da Uni�o com organismos multilaterais � muito pequena. N�o tem nada relevante em vista”, disse. De acordo com ele, n�o h� novas opera��es do tipo previstas para 2013.O t�cnico do Tesouro Nacional informou que o fim do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) para investidores estrangeiros trouxe mais capital externo para o Brasil. Em junho, a participa��o deles na d�vida interna cresceu R$ 10 bilh�es e chegou a R$ 275,2 bilh�es, o equivalente a 14,52% do total de t�tulos em poder do mercado. “O fim do IOF trouxe novo fluxo de compra de t�tulos p�blicos pelos investidores n�o residentes, concentrado principalmente em t�tulos prefixados de prazos mais longos”, observou.

“� dif�cil prever uma acelera��o da entrada de recursos estrangeiros nos pr�ximos meses. O que podemos imaginar � que, com o fim do IOF, os investimentos que estavam sendo planejados foram efetivados”, avaliou. Garrido afirmou esperar a continuidade da tend�ncia de m�dio e longo prazo de aumento gradual de dinheiro estrangeiro.


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