Associa��o de produtores minimiza inadequa��o para estoque de milho

O presidente da Associa��o dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos F�varo, minimizou nesta segunda-feira a aus�ncia de instala��es adequadas para armazenamento da safra de milho. O produto est� estocado a c�u aberto em alguns munic�pios da regi�o. Segundo ele, a quantidade de gr�os que n�o recebeu o armazenamento adequado “n�o � significativa”.

“Tem sido dif�cil fazer o escoamento da supersafra, que cresce a cada ano e deixa a estrutura (de armazenagem) deficit�ria. Mas [o que sobra] n�o � uma quantidade significativa. Percorri a regi�o durante o final de semana e verifiquei [o problema em sua real dimens�o]”, disse. F�varo disse que a produ��o de milho h� dois anos era de 7,5 milh�es de tonelada. A expectativa de colheita para a pr�xima temporada � de cerca de 17 milh�es de tonelada.

Nos �ltimos dias, produtores da regi�o alegaram problemas para escoamento da chamada “safrinha” que ocorre durante o inverno. Ap�s a colheita, parte da produ��o que deveria ir direto para os armaz�ns teve que ser estocada a c�u aberto pela falta de espa�o nos silos.

Segundo o presidente da Aprosoja-MT, o Pr�mio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), idealizado pelo governo federal, tem garantido o escoamento r�pido da produ��o. O Pepro � um subs�dio concedido ao produtor rural que se disponha a vender seu produto pela diferen�a entre o pre�o m�nimo estabelecido pelo governo e o valor do pr�mio equalizador arrematado em leil�o.

At� o momento, ocorreram dois leil�es de 1 milh�o de toneladas cada um. A expectativa � que ocorram mais dois ou tr�s leil�es com a mesma quantidade, nos pr�ximos dias. "O governo tem que continuar realizando esses leil�es para garantir o escoamento da safra", comentou.

Para o superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Mato Grosso, Ov�dio Miranda, o Pepro � o meio de ajudar a sustentar o pre�o do cereal para os produtores e garantir o escoamento para aliviar a press�o que a entrada da safra recorde no mercado exerce sobre a cota��o do produto e sobre a falta de armazenagem. “Essa ajuda ocorre dos dois lados, ao garantir o pre�o m�nimo e dar mais rapidez ao escoamento da produ��o excedente”, disse.

De acordo com Miranda, em alguns casos, o estoque a c�u aberto � por “conveni�ncia” do produtor, para minimizar os custos. “Muitas vezes, o milho colhido j� est� negociado: em vez de armazenar os gr�os, o produtor coloca no p�tio para reduzir os custos, que seriam dobrados. Tamb�m ocorre de o armaz�m estar com soja prestes a desocupar o espa�o, que depois serviria de estoque para o milho.”

Apesar dessas ocorr�ncias por “conveni�ncia”, o superintendente da Conab reconhece que faltam armaz�ns na regi�o. “Existe d�ficit porque a produ��o de milho � muito grande e cresce a cada ano”, explicou.

O presidente da Aprosoja-MT disse que o produtor estoca a c�u aberto por falta de op��o. "Ningu�m quer colocar o milho a c�u aberto por conveni�ncia, correndo riscos. � por extrema necessidade", afirmou.