
Acionista do empreendimento, o governo de Minas Gerais mant�m a expectativa de in�cio da opera��o comercial em 2015 – data tamb�m confirmada na nota da EBX –, informou a secret�ria de Estado de Desenvolvimento Econ�mico, Dorothea Werneck. “Al�m de se tratar de um projeto especial pelo conte�do inovador e a tecnologia envolvida, a f�brica ter� impacto importante sobre todo o seu entorno”, afirmou.
O governo mineiro det�m 6,5% das a��es da SIX, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). A constitui��o da empresa foi aprovada em novembro do ano passado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade), tendo ainda como s�cios o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), com 33,02%; a International Business Machines Corporation (IBM), com 18,08% das a��es; Matec Investimentos (6,07%) e WS IN-TECS (2,59%), de Wolfgang Sauer, ex-presidente da Volskwagen do Brasil.
O EM teve acesso ao canteiro de obras da SIX, que j� iniciou o processo de aquisi��o de equipamentos e da log�stica de importa��o, segundo informa��es obtidas pela reportagem. As m�quinas, todas sem similar de fabrica��o nacional, come�am a chegar � f�brica no primeiro trimestre de 2014. Or�ada em US$ 500 milh�es (R$ 1,134 bilh�o pelo c�mbio de ontem, de R$ 2,2690 por d�lar), a planta industrial vai produzir circuitos integrados de sinais mistos, h�bridos e microfluidicos com aplica��es em dispositivos m�dicos, laborat�rio em chip, sensores �ticos e n�o �ticos, smart cards, medidores de energia inteligentes, dentre outros usos.
BOA LOG�STICA Toda a produ��o ser� escoada pelo Aeroporto Internacional Tancredo Neves, de Confins, na Grande BH. A f�brica ter� tr�s pisos, abrigando no �ltimo andar a sala limpa, uma esp�cie de “cora��o” do processo fabril, constru�da sobre um v�o livre de 42 metros. Nos demais andares, ser�o instalados todos os equipamentos de suporte e fornecimento de gases e insumos qu�micos. Processo extremamente sens�vel, a produ��o de semicondutores exige um ambiente limpo e controlado, com n�vel m�nimo de part�culas suspensas, al�m de �ndice muito baixo de vibra��es. A estrutura e funda��es da unidade tiveram de ser refor�adas, para suportar as lajes do tipo waffle, com 24 toneladas.
A empresa iniciou a constru��o dos sistemas de tratamento de res�duos e a subesta��o de energia el�trica, que dever�o estar prontos em novembro. As obras est�o sendo conduzidas pela construtora Matec, empresa brasileira com sede em S�o Paulo, e a subcontratada M+W, construtora alem� especializada em f�bricas de semicondutores. S�o 20 mil metros quadrados de �rea constru�da de um terreno com extens�o total de 160 mil metros quadrados. A constru��o emprega 300 pessoas, contingente que dever� dobrar nas pr�ximas etapas.
Sele��o j� est� em curso
Os s�cios da SIX j� iniciaram os processos de recrutamento de pessoal qualificado e de fornecedores, em paralelo �s obras da f�brica. De acordo com a secret�ria de Desenvolvimento Econ�mico, Dorothea Werneck, a �rea do entorno da unidade fabril, de propriedade da Companhia de Desenvolvimento Econ�mico de Minas Gerais (Codemig), est� sendo preparada para abrigar um condom�nio de fornecedores de alta tecnologia. “Sa�mos da linguagem dos antigos distritos industriais para um projeto moderno de atra��o de empresas de tecnologia avan�ada que atuam no fornecimento de insumos. A ideia do condom�nio fortalece e ajuda a diversificar a ind�stria de Minas”, afirma.
O programa dirigido aos fornecedores tem apoio da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que vai atuar no treinamento e qualifica��o de m�o de obra, por meio da unidade mineira do Servi�o Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). A institui��o vai trazer para a Grande BH a metodologia e parte do conte�do de cursos espec�ficos da �rea de eletroeletr�nica ministrados no Sul do estado, onde h� tradi��o fabril no ramo, informou Lincoln Gon�alves Fernandes, presidente do Conselho de Pol�tica Industrial e Econ�mica da Fiemg.
“O projeto est� em andamento e vai beneficiar outras empresas com pessoal qualificado. A SIX pode ser considerada um marco para a ind�stria mineira em termos de inova��o, incentivando a forma��o de m�o de obra t�cnica mais qualificada”, diz Lincoln Gon�alves. Segundo informa��es obtidas pelo EM, com a escassez de m�o de obra altamente qualificada no Brasil, a SIX est� buscando profissionais na Europa e nos Estados Unidos e nesse processo dar� prioridade a brasileiros experientes na ind�strias de semicondutores interessados em retornar ao pa�s. Outra pol�tica da f�brica s�o parcerias que est�o discutidas com institui��es de ensino renomadas, a exemplo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A unidade industrial dever� empregar 288 trabalhadores em regime de tr�s turnos. (MV)