A economia dos EUA se recuperou levemente no segundo trimestre, apesar de o ritmo de crescimento ter continuado fraco com os cortes de gastos dos consumidores e do governo federal. O Produto Interno Bruto (PIB) do pa�s cresceu a uma taxa anualizada de 1,7% entre abril e junho, segundo o Departamento do Com�rcio. Economistas consultados pela Dow Jones previam uma expans�o bem menor, de 0,9%. O n�mero representa uma recupera��o em rela��o ao crescimento revisado de 1,1% no trimestre anterior.
A performance geral mostra que a economia norte-americana est� com dificuldades para ganhar for�a em meio ao fraco crescimento global, � incerteza pol�tica dom�stica, aos impostos mais altos e aos cortes autom�ticos de gastos federais. Mesmo assim, alguns dados sugerem que a economia pode se recuperar mais nos pr�ximos meses, apoiada pela for�a do mercado imobili�rio, pelos gastos das empresas e pela diminui��o dos efeitos das pol�ticas de gastos do governo.
"O foco agora � na segunda metade do ano. Muitos esperam que o ritmo de atividade vai se recuperar nos �ltimos seis meses de 2013, apesar de a amplitude da acelera��o ainda ser fortemente discutida", disseram economistas do Royal Bank of Scotland.
O governo dos EUA revisou os n�meros para incluir novas medidas que, segundo as autoridades, refletem melhor a economia. Pela primeira vez, o Departamento do Com�rcio divulgou dados sobre ativos intang�veis como pesquisa e desenvolvimento e artes. No segundo trimestre, essas categorias contribu�ram com o PIB.
Mesmo com as revis�es, os consumidores continuaram sendo o componente mais importante do PIB. Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois ter�os da demanda na economia, cresceram 1,8% no per�odo, menos que o crescimento de 2,3% no primeiro trimestre. No entanto, um mercado de a��es mais saud�vel e os pre�os altos dos im�veis, juntamente com ajustes nos impostos mais altos, pode motivar gastos nos pr�ximos meses.
Os investimentos residenciais fixos, que incluem constru��es de im�veis e melhorias no lar, cresceram 13,4% no segundo trimestre, ap�s terem registrado tamb�m s�lidos ganhos nos �ltimos dois anos. O ritmo de investimentos das empresas tamb�m deu um salto, com acelera��o nos gastos com equipamentos e estruturas, em um sinal de otimismo para os pr�ximos meses.
J� os gastos do setor p�blico recuaram 0,4%, ante queda de 4,1% no trimestre anterior, mas ainda representando um peso sobre o crescimento. Os n�meros, por�m, sugerem que o pior dos cortes de gastos pode j� ter passado.
J� o com�rcio exterior foi um ponto positivo, com as exporta��es subindo 5,4%, apesar do crescimento mais fraco global.