Os aeroportu�rios v�o manter a greve por tempo indeterminado. Essa foi a decis�o da assembleia geral realizada no aeroporto de Congonhas, em S�o Paulo, na tarde desta quarta-feira, 31. Segundo informa��es preliminares de representantes do Sindicato Nacional dos Aeroportu�rios (Sina), essa est� sendo a decis�o un�nime nos demais aeroportos que aderiram � paralisa��o. Ao todo, a categoria espera atingir 63 terminais do Pa�s. O balan�o geral sobre a greve iniciada � 0h ser� divulgado ao final do dia.
A ades�o dos funcion�rios �, de acordo com estimativas do sindicato, pr�xima aos 100% em todos os aeroportos. O embarque e desembarque de passageiros, no entanto, n�o � afetada pela paralisa��o, diz a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu�ria (Infraero). �s 16h, o �ndice de voos atrasados era de 15% e o de cancelados, 5,5%, em todos os aeroportos administrados pela empresa. Segundo a Infraero, os n�meros est�o dentro da m�dia, de 15%, de atrasos e de cancelamentos.
A Infraero informou que precisou aplicar o plano de contingenciamento (que inclui remanejamento de empregados e refor�o de equipes em hor�rios de maior movimento, para garantir os servi�os essenciais e a operacionalidade dos terminais) em seis aeroportos: Gale�o, no Rio, Congonhas, em S�o Paulo, Recife, Fortaleza, Vit�ria e Salvador. De acordo com a pr�pria empresa, esses foram os terminais mais atingidos pela greve.
Na assembleia em Congonhas, os funcion�rios rejeitaram a proposta da Infraero de reajuste salarial de 6,49%, apresentada no �ltimo dia 26. Os aeroportu�rios querem revis�o de 16%. A assessoria de imprensa da Infraero disse que a empresa aguarda uma contraproposta dos funcion�rios.
Al�m das paralisa��es, em alguns aeroportos foram organizadas manifesta��es e funcion�rios seguraram cartazes de protestos. A presidente Dilma Rousseff, que esteve em S�o Paulo nesta quarta-feira, foi recebida em Congonhas pelos grevistas com um cartaz que dizia: “Presidenta, vender o patrim�nio p�blico � governar para o capital”. Os aeroportu�rios s�o contr�rios � concess�o dos terminais de Guarulhos e Viracopos, em S�o Paulo, e do Juscelino Kubitschek, em Bras�lia, � iniciativa privada.