Ainda sem ter conseguido resolver velhos problemas econ�micos, o Brasil enfrenta novos desafios. A avalia��o � da ag�ncia de classifica��o de risco Standard & Poor's (S&P;). "A nova classe m�dia est� aumentando a press�o por demandas que incluem a infla��o baixa, melhores servi�os p�blicos, infraestrutura e habita��o", afirma a S&P;, ao lembrar dos protestos que ganharam as ruas do Pa�s desde junho. Entre os principais desafios, a ag�ncia diz que o aumento do investimento na economia surge como uma das necessidades mais urgentes.
Em relat�rio divulgado nesta segunda-feira, a S&P; descreve que "os principais impedimentos para o aumento do investimento do setor p�blico e privado est�o no cerne dos problemas que o Brasil ter� de resolver em per�odo de cinco a dez anos para continuar seu processo de desenvolvimento econ�mico sustent�vel". Um dos exemplos da perman�ncia dos velhos problemas � o setor p�blico: "H� d�cadas, existe dificuldade em se reformar o setor p�blico, que continua a ser mais um obst�culo que um instrumento de dinamiza��o da economia". A ag�ncia reconhece que a d�vida externa e o custo da d�vida p�blica "diminu�ram significativamente" ao longo dos �ltimos 14 anos. "No entanto, a d�vida l�quida do governo continua elevada. Durante d�cadas, o Brasil n�o conseguiu reformar amplamente o sistema previdenci�rio ou a estrutura tribut�ria." Mesmo sem ter resolvido a "velha pauta", o Brasil tem agora outra lista de prioridades. "Como as enormes manifesta��es de junho mostraram, o governo n�o est� conseguindo atender �s expectativas da popula��o. Em grande medida, essa nova classe m�dia est� enfrentando uma infraestrutura do Brasil antigo, destinada a um tipo diferente de estrutura social", diz o documento, que cita que a reforma do setor p�blico "� fundamental" para que sejam criadas condi��es para a solu��o do problema. Para resolver a infraestrutura, o investimento ter� de ser realizado com aten��o � quest�o fiscal, adverte a S&P.; "O aspecto cr�tico ser� lidar com os desafios novos e antigos e encontrar solu��es que sejam consistentes com um caminho sustent�vel a m�dio e longo prazo", declara o texto. "Tal como no passado, uma abordagem sustent�vel de longo prazo � aquela que mant�m a estabilidade econ�mica, limitando pol�ticas inconsistentes e impulsionando o investimento do setor p�blico e privado."