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Estado de Minas

Infla��o alimenta onda de greves no pa�s

Petroleiros, eletricit�rios da Eletrobras e peritos agr�rios do Incra puxam paralisa��es por recomposi��o de perdas


postado em 06/08/2013 06:00 / atualizado em 06/08/2013 06:47

Hidrelétrica de Itaipu, operada pela Eletrobras, que teve contraproposta recusada, diante do ganho real de 1% pedido pelos trabalhadores(foto: Itaipu/Divulgação - 21/9/10)
Hidrel�trica de Itaipu, operada pela Eletrobras, que teve contraproposta recusada, diante do ganho real de 1% pedido pelos trabalhadores (foto: Itaipu/Divulga��o - 21/9/10)


A resist�ncia das empresas em conceder reajustes acima da infla��o pode detonar uma forte onda de greves. O segundo semestre � marcado por press�es historicamente conhecidas e por negocia��es salariais tensas. S� nos �ltimos seis meses, s�o 253 negocia��es de 76 categorias, a maior parte delas do setor industrial. Na an�lise do coordenador de rela��es sindicais do Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese), Jos� Silvestre, a situa��o da economia brasileira pode dificultar os acordos e provocar recuo nos ganhos reais neste ano, em compara��o a 2012.


Levantamento do Dieese aponta que, das 696 negocia��es do ano passado, 98% resultaram em algum aumento dos pisos salariais, a maioria acima do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC). O ganho real m�dio registrado foi de 5,62%. “O atual cen�rio econ�mico dificulta, sobretudo por causa do aumento da infla��o e dos juros e da piora na expectativa de crescimento do pa�s”, disse.

Silvestre, no entanto, n�o acredita que v� haver queda significativa nos ganhos. “Na m�dia dos resultados dos acordos no ano dever� haver recuo, mas nada muito abaixo do padr�o”, afirmou. Enquanto as categorias querem ganhos reais m�nimos de 5%, al�m de amplia��o de direitos trabalhistas, at� agora, em grande parte dos diss�dios coletivos, a oferta m�xima dos patr�es n�o chega a 2% e, em alguns casos, os trabalhadores que se colocam � frente dos movimentos s�o punidos com demiss�o.

A insatisfa��o cresce. Petroleiros da Refinaria Presidente Get�lio Vargas (Repar), no Paran�, far�o greve de 24 horas, hoje. Eles v�o protocolar den�ncia no Minist�rio P�blico do Trabalho sobre o d�ficit de pessoal e os riscos que isso representa. Os empregados da Petrobras na Bacia de Campos – que concentra 80% da produ��o nacional – param por 24 horas nesta sexta-feira, data em que ser� divulgado o balan�o da companhia. A categoria reivindica que a estatal retome o pagamento do descanso remunerado, com o mesmo valor de um dia trabalhado. O benef�cio foi cortado em julho.

Os funcion�rios da Eletrobras retornaram � greve, ontem, ap�s discordarem da contraproposta da estatal, durante a audi�ncia de concilia��o no Tribunal Superior do Trabalho (TST), na quinta-feira. Eles n�o abrem m�o de reposi��o inflacion�ria, de 6,49%, acrescida de ganho real de 1%. Os peritos federais agr�rios do Incra cruzam os bra�os por tr�s dias (de hoje a sexta-feira), como forma de press�o sobre o governo federal, que n�o aceita conceder mais que os 15,8%, acordados em 2012. A categoria se reuniu com o Minist�rio do Planejamento por tr�s vezes, mas n�o houve avan�os. J� � a quarta paralisa��o desses profissionais neste ano, que querem isonomia com o sal�rio de seus colegas do Minist�rio da Agricultura.

Retalia��o na �rea da sa�de

Algumas categorias, no entanto, enfrentaram retalia��o. Sob a alega��o de enxugar a m�quina, a Unimed demitiu em Bras�lia, no fim de semana, cerca de 50% dos funcion�rios que estavam em greve desde o dia 1º. Segundo o SindiSa�de, que representa a categoria, mesmo assim, o movimento continua, j� que nenhuma das reivindica��es foi acatada. Os trabalhadores far�o assembleia amanh� para decidir sobre “encaminhamentos jur�dicos das demiss�es”. Tamb�m o frigor�fico JBS, da Friboi, demitiu de uma s� vez 60 pessoas, nove dias ap�s a greve de dois dias contra a mudan�a de hor�rio, condi��es de trabalho e reposi��o salarial. Indignados, os trabalhadores prometem nova paralisa��o.

Os banc�rios tamb�m reclamam de v�rias institui��es financeiras. Contraf-CUT, federa��es e sindicatos representantes da categoria repudiaram o corte de 3.216 empregos nos �ltimos 12 meses, sendo 2.290 no primeiro semestre deste ano. E a Federa��o dos Trabalhadores em Transportes A�reos (Fentac) discute, hoje, com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, um plano de licen�as n�o remuneradas para cortar 811 pilotos e comiss�rios.

 

Metal�rgicos de Minas

Reajuste salarial de 13%, piso de R$ 1.698, abono de um sal�rio nominal e redu��o da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redu��o de sal�rios, s�o as principais reivindica��es dos metal�rgicos de Minas Gerais. A campanha da categoria foi aberta em 31 de julho pelas federa��es dos metal�rgicos FIT Metal, ligada � Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Estadual dos Metal�rgicos (FEM), da Central �nica dos Trabalhadores (CUT) e a Femetal, ligada � For�a Sindical. As tr�s institui��es representam cerca de 250 mil trabalhadores no estado, com data-base em 1º de outubro. 


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