Zulmira Furbino
Completa tr�s anos, sem sequer ser julgada em primeira inst�ncia, mais uma disputa judicial movida pela vigorosa expans�o do setor da minera��o no estado. Uma a��o de indeniza��o que tramita na 12ª Vara de Fam�lia de Belo Horizonte desde meados de 2010 pede pagamento R$ 15,1 milh�es em favor de Dalca Furtado Azevedo, vi�va do ex-prefeito da capital mineira e provedor da Santa Casa de Miseric�rdia de Belo Horizonte Celso Mello Azevedo, pela venda da Cemea, construtora da fam�lia, � sider�rgica Gerdau A�ominas. Os r�us s�o dois dos filhos de Dalca, Francisco de Azevedo Neto e Nelson Furtado Neto, que teriam vendido a Cemea com avalia��o apenas parcial de seu patrim�nio. Segundo a a��o, a m�e, que era propriet�ria de 66,15% da empresa e � portadora do mal de Alzheimer, foi prejudicada no neg�cio.
De acordo com a per�cia juntada � a��o judicial, o patrim�nio imobili�rio da Cemea era constitu�do de dois im�veis: o S�tio Lagartixa, em Itabirito, na Regi�o Central do estado, e a Fazenda Paiol, em Uruc�nia, na Zona da Mata mineira. Em julho de 2006, os s�cios (m�e e cinco irm�os) decidiram dividir o patrim�nio da empresa. Mas, segundo a a��o interposta na Justi�a, Francisco de Azevedo Neto e Nelson Furtado Neto, os filhos que eram os administradores da sociedade, avaliaram somente a Fazenda Paiol (por R$ 990 mil).
Com isso, Dalca Furtado Azevedo, que � considerada incapaz e na a��o � representada pela filha Maria Helena Azevedo Vasconcelos Melo, tamb�m sua curadora, retirou-se da sociedade, que teve seu capital remanescente definido em R$ 505 mil. A cis�o levou � altera��o do contrato social da Cemea e � m�e coube o valor apurado da fazenda Paiol, R$ 990 mil. Ainda segundo a a��o judicial, no entanto, Nelson e Francisco aumentaram o capital da Cemea de R$ 505 mil para R$ 15,6 milh�es. Em seguida, j� como �nicos s�cios, a Cemea foi vendida para a Gerdau A�ominas por R$ 15,6 milh�es. No processo, os r�us relatam que a autora em momento algum questionou a validade dos atos societ�rios praticados.