
Levantamento da Ag�ncia Nacional do Petr�leo G�s Natural e Biocombust�veis (ANP), mostra que no estado o �lcool custa em m�dia R$ 2,04, o que equivale a 71% do valor da gasolina. Em Belo Horizonte, onde o pre�o m�dio do litro � de R$ 1,95, o percentual em rela��o ao derivado do petr�leo � o mesmo, 71%. Para compensar o �lcool deve custar pelo menos 70% do valor da gasolina. No pa�s, observando a m�dia de pre�os apurada pela ANP, abastecer com o etanol j� compensa para o motorista. No Sudeste tamb�m, onde o percentual equivale a 64%
Segundo o Sindicato da Fabrica��o do A��car e do �lcool de Minas Gerais (Siamig), desde o in�cio da safra em abril, o pre�o do litro do etanol caiu R$ 0,30 nas usinas, j� contando com o valor referente a isen��o do imposto. “O repasse para o consumidor mineiro foi lento, mas ele j� ocorreu. Em muitos postos de Belo Horizonte j� � poss�vel abastecer com o etanol”, aponta M�rio Campos, secret�rio-executivo do sindicato. Segundo ele, novas quedas de pre�o para os produtores invibializariam a produ��o, j� que o litro do etanol � comercializado nas usinas perto de R$ 1,08. “Abaixo do custo de produ��o que varia de R$ 1,15 a R$ 1,20”, afirma. “O pre�o j� chegou para em seu limite. N�o h� espa�o para novas quedas.”
Na ponta da cadeia, as revendas esperavam que a esta altura do ano as vendas do etanol j� estivessem mais fortes. M�rcio Soares, gerente do posto Ponte Nova, na Regi�o Sul da capital, diz que nesta semana o etanol j� consegue competir no seu posto. Vendido a R$ 1,98 o litro, o pre�o equivale a 68,9% do valor da gasolina. Mesmo assim, ele diz que o com�rcio est� devagar. “Hoje o etanol corresponde a 20% das vendas”, diz ele, lembrando que em 2009 o percentual chegou a ser dividido meio a meio entre o derivado da cana e o do petr�leo. “O pre�o precisaria cair mais, mas j� estamos em agosto, acho dif�cil”, aponta ele, que n�o acredita em quedas muito atrativas para o combust�vel de agora at� o fim do ano.
A carga tribut�ria mais branda e a proximidade das regi�es produtoras que barateiam o frete s�o apontadas por Al�sio Vaz, presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combust�veis e Lubrificantes (Sindicom), como motivo para o �lcool ser mais competitivo em estados como S�o Paulo, Goi�s e Paran�, por exemplo, e tamb�m em regi�es produtoras como o Tri�ngulo Mineiro, onde abastecer com o etanol j� vale a pena, ao contr�rio de Belo Horizonte. “O etanol n�o ser� vantajoso em todo o pa�s, mas sim em determinadas regi�es”, justifica o executivo. De acordo com ele, � dif�cil falar em novas redu��es de pre�os at� o fim do ano, j� que para isso o �lcool precisaria sair ainda mais barato das usinas para a distribui��o. M�rio Campos afirma que a produ��o de etanol do pa�s � suficiente para atender a demanda, mesmo com um reajuste da gasolina. “Hoje o etanol sobra.”
Planos de reajustes
Bras�lia – A Petrobras vai continuar buscando novos reajustes dos combust�veis para equilibrar o balan�o financeiro. Ontem, o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, informou que espera novas tabelas nos postos ainda este ano. “Estamos trabalhando intensamente para alinhar os pre�os internos de derivados de petr�leo aos internacionais”, resumiu. Segundo o executivo, um dos principais objetivos dessa medida � evitar que o endividamento da companhia aumente ainda mais.
Independentemente dos aumentos, a Petrobras avisou que vai vender mais ativos no exterior nos pr�ximos meses, como parte do seu plano de desinvestimentos estimado em US$ 9,9 bilh�es. Em paralelo, para melhorar os resultados e garantir caixa suficiente para tocar seu ousado programa de investimentos sem extrapolar o patamar da d�vida total. “Esperamos um semestre mais ativo nesse plano”, ressaltou Barbassa.
A maior parte dos desinvestimentos da companhia ser� executada ainda neste ano. At� este m�s a empresa j� vendeu US$ 1,8 bilh�o em ativos. Entre as principais opera��es, a Petrobras se desfez de participa��es na �frica, em favor do banco BTG Pactual.
No balan�o financeiro divulgado semana passada, a Petrobras apresentou lucro l�quido de R$ 6,2 bilh�es de abril a junho, valor acima das estimativas do mercado. Houve crescimento da produ��o de combust�veis vendidos a pre�os maiores, em raz�o dos reajustes do fim de 2012 e in�cio deste ano. Mas o melhor efeito para os resultados foi a mudan�a cont�bil anunciada pela estatal no primeiro semestre, chamada de hedge e que mitigou as perdas acarretadas pela alta do d�lar.
Barbassa explicou que a varia��o cambial influenciou negativamente em R$ 8 bilh�es o resultado do per�odo antes da aplica��o de impostos. Ap�s os impostos, a cifra cai para R$ 5 bilh�es. “O uso da contabilidade do hedge coloca os n�meros da companhia mais alinhados com o caixa”, defendeu.