O com�rcio varejista brasileiro teve leve alta de 0,5% nas vendas entre maio e junho deste ano. Entre abril e maio, havia sido registrada estabilidade nas vendas, segundo a Pesquisa Mensal de Com�rcio, divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Tamb�m houve crescimento de 0,9% na receita nominal.
Quatro dos oito segmentos comerciais tiveram aumento no volume de vendas. O principal crescimento foi observado no setor de m�veis e eletrodom�sticos (1,8%), seguido por artigos farmac�uticos, m�dicos, ortop�dicos e de perfumaria (1%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1%). Os combust�veis e lubrificantes tiveram alta de 0,9%.
Entre os quatro setores com queda, o destaque foi o grupo tecidos, vestu�rio e cal�ados (-1,4%). Tamb�m tiveram redu��o no volume de vendas os segmentos de equipamentos e material para inform�tica, escrit�rio e comunica��o (-0,5%), hiper, supermercados, produtos aliment�cios, bebidas e fumo (-0,4%) e outros artigos de uso pessoal e dom�stico (-0,1%).
Considerando-se tamb�m os segmentos de materiais de constru��o e de ve�culos, motos, partes e pe�as, ou seja, o varejo ampliado, o crescimento do volume de vendas foi 1%. O setor de ve�culos e pe�as cresceu 0,9% e o de materiais de constru��o, 0,6%.
O com�rcio varejista n�o ampliado registrou crescimento no volume de vendas de 1,7% na compara��o com junho do ano passado, de 3% no acumulado do ano e de 5,5% no acumulado de 12 meses. O varejo ampliado teve queda de 2% na compara��o com julho de 2012 e altas de 3,7% no ano e de 6,4% no acumulado de 12 meses.
Desempenho fraco
Os dados divulgado hoje refletem a din�mica de crescimento que o Brasil vem apresentando neste ano, ou seja, baixo crescimento com taxas vol�teis m�s ante m�s. Foi o que disse o economista-s�nior do Esp�rito Santo Investment Bank (Besi Brasil), Fl�vio Serrano. "Essas s�o as marcas do crescimento no Brasil. Baixas taxas de crescimento e grande volatilidade", refor�ou.
O resultado de 0,5% veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Proje��es, que esperavam um resultado entre queda de 0,20% e alta de 1,80%, com mediana de 0,60% para a margem.
Serrano mencionou os dados do varejo ampliado, que cresceu 1% na compara��o mensal, para exemplificar sua avalia��o. Para ele, ap�s a alta em junho, os dados de julho devem mostrar queda na setor. "Em julho alguns dados apontam para um varejo mais fraco, como os n�meros da Fenabrave (Federa��o Nacional da Distribui��o de Ve�culos Automotores), que tiveram queda na margem. Essa din�mica ent�o � refor�ada. Provavelmente o varejo cai em julho", disse.
Serrano, no entanto, n�o fez estimativas de quanto deve ser a queda. Ele mant�m a perspectiva de alta entre 5% e 6% nas vendas do varejo para este ano.