Apesar das interven��es do Banco Central (BC), a moeda norte-americana encostou em R$ 2,40 e voltou a fechar no maior n�vel em mais de quatro anos. O d�lar comercial encerrou esta sexta-feira (16) vendido a R$ 2,3960, com alta de 2,46%. A cota��o � a maior desde 3 de mar�o de 2009, quando a moeda tinha sido vendida a R$ 2,441.
Pela manh�, o Banco Central vendeu US$ 1,076 bilh�o no mercado futuro para conter a alta da moeda norte-americana. Al�m disso, a autoridade monet�ria rolou (renovou) US$ 989 milh�es de contratos de leil�es de venda de d�lares que venceriam em 2 de setembro. As a��es, no entanto, n�o surtiram efeito. A cota��o acelerou a alta depois das 13h e fechou na m�xima do dia.
Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbul�ncias devido � perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os est�mulos monet�rios para a maior economia do planeta. O Fed poder� aumentar os juros e diminuir as inje��es de d�lares na economia global caso o emprego e a produ��o nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econ�mica iniciada h� cinco anos.
A instabilidade piorou depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, em 19 de junho, que a institui��o pode diminuir a compra de ativos at� o fim do ano caso a economia americana continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de d�lares em circula��o cai, aumentando o pre�o da moeda em todo o mundo.
Nos �ltimos meses, o governo brasileiro tem adotado medidas para conter a valoriza��o do d�lar. Al�m de vender d�lares no mercado futuro, o Banco Central retirou parte do compuls�rio sobre as apostas de que o d�lar vai cair e eliminou restri��es de prazos para que os exportadores financiem antecipa��es de pagamentos.
A equipe econ�mica tamb�m retirou barreiras � entrada de capitais estrangeiros no pa�s. O Minist�rio da Fazenda zerou o Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a al�quota em vigor era 6%. A venda de moeda estrangeira no mercado futuro tamb�m ficou isenta de IOF.