O aumento do d�lar deve chegar ao custo da produ��o no prazo m�ximo de tr�s meses pelo aumento de pre�os dos insumos. A previs�o � do presidente do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex), Roberto Ticoulat.
Segundo ele, o aumento dos custos da produ��o pode nem ser totalmente repassado ao pre�o final do consumidor, porque as empresas vendedoras de insumos l� fora trabalham com tabelas estabelecidas da mesma forma que as exportadoras brasileiras fixam seus contratos. "A produ��o de sand�lias Havaianas para ser entregue em 2014 l� fora j� est� sendo produzida", exemplificou o executivo.
Algum repasse sempre ocorre, de acordo com Ticoulat, porque quando o empres�rio que fez hedge v� seu concorrente que n�o se protegeu repassando custos para os pre�os, ele passa alguma coisa at� mesmo para se recapitalizar. "Nos �ltimos dez anos o governo 'roubou' as empresas com aumento de custos e d�lar baixo. Agora os empres�rios aproveitam para recompor um pouco o que perderam", disse o presidente do Ceciex.
Para Ticoulat, o d�lar no patamar atual, de R$ 2,40 ou R$ 2,50, � interessante para os exportadores, especialmente para os de manufaturas. "Mas isso n�o quer dizer que as exporta��es devam crescer at� o final do ano porque isso exige todo um processo. N�o se desloca, por exemplo, a curva de consumo de um outro pa�s. Para um outro pa�s aumentar suas importa��es, � preciso aumentar o consumo", explicou o executivo.