
Embora o Sudeste represente 40% do mercado consumidor, o presidente do Sindicato das Empresas de Sistemas Eletr�nicos de Seguran�a de Minas Gerais (Siese-MG), Agnaldo Pereira dos Santos, afirma que a representatividade n�o pode ser justificada apenas pelas taxas de criminalidade, mas tamb�m pela renda per capita da regi�o.
Entre os fatores que tamb�m explicam o desempenho do setor, o vice-presidente da Abese, Claudinei Freire Santos, destaca o avan�o, mas tamb�m o uso das tecnologias pela classe m�dia brasileira e o barateamento dos sistemas. “Alarme e c�mera n�o s�o mais coisas de gente rica. Todas as classes s�o afetadas pela viol�ncia e os pre�os est�o mais acess�veis”, afirma. “Houve a entrada de muitas empresas nacionais nesse setor, que importam da China, e isso cria um mercado enorme”, acrescenta.
Na capital mineira, assim como no resto do estado, os comerciantes despontam como os principais consumidores desses equipamentos, ficando com 60% das instala��es, de acordo com dados do Siese-MG. As resid�ncias respondem pelos outros 40% das c�meras.
A preocupa��o com seguran�a tamb�m se estende �s escolas. No Col�gio ICJ, no Bairro Nova Su�ssa, uma s�rie de investimentos foi feita para garantir a prote��o de alunos e familiares. O diretor administrativo Ademar Fabel conta que nos �ltimos dois anos, al�m de monitorar o espa�o interno da escola, a institui��o optou por garantir a seguran�a no entorno.
“Hoje temos um total de 32 c�meras e quatro vigias, que se revezam em dois turnos, al�m de �reas com alarme e sensores”, conta. O investimento, segundo Fabel, � justificado pelo fato de a criminalidade avan�ar numa velocidade maior que a condi��o do poder p�blico de garantir a integridade dos alunos. “Essas aquisi��es nos d�o, pelo menos, a sensa��o de seguran�a”, afirma.
O aposentado Tabajara Vasconcelos tamb�m est� entre os consumidores deste mercado. Nos �ltimos seis meses investiu R$ 12 mil na seguran�a do edif�cio onde mora, no Anchieta, Regi�o Centro-Sul da capital, al�m de comprar um sistema que foi instalado na casa de seu filho, na Serra. Agora, est� fazendo novos or�amentos. “Penso em colocar uma c�mera na portaria e outra no hall do meu pr�dio. A inten��o � gastar mais R$ 3 mil para refor�ar a seguran�a”, conta.
O coordenador geral da Escola Superior de Justi�a (Esjus) e especialista em seguran�a p�blica, Cilas Rosa, alerta que o crescimento do mercado privado � uma resposta � inseguran�a e que deve ser tratado com aten��o por exigir mais recursos e esfor�os por parte do governo. “Os gastos (do governo) com seguran�a p�blica giram em torno de R$ 200 bilh�es, mas poderiam ser destinados a �reas essenciais como a sa�de e a educa��o”.
Feira
O crescimento deste mercado, assim como as inova��es da seguran�a eletr�nica e preven��o de acidentes e doen�as de trabalho, estar�o na pauta de discuss�es da IX Feira de Seguran�a e Prote��o – BRASEG, que ocorre de hoje a sexta, das 13h �s 21h, no Expominas. Com entrada gratuita, o evento deve reunir 130 expositores e espera receber 11 mil visitantes.