O governo federal vai realizar uma ofensiva para concluir 1,6 mil obras de turismo para a Copa do Mundo de 2014. Os dados, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, ser�o divulgados, nesta sexta-feira, 23, pelo Minist�rio do Turismo. A ideia � mostrar que esse “legado”, ao ficar pronto, vai comprovar que a atua��o do governo em rela��o ao grande evento vai al�m da mera constru��o de arenas esportivas.
A ordem � que essas obras, que incluem pavimenta��o de estradas, sinaliza��o de destinos tur�sticos e centros de conven��es, recebam aten��o total nos pr�ximos nove meses. Desse volume de empreendimentos, cerca de 900 est�o em est�gio avan�ado, e outros 700 t�m o sinal de alerta ligado no cronograma. Ao todo, o Minist�rio do Turismo tem 5.163 obras em andamento, que consomem um or�amento de R$ 2,15 bilh�es - o equivalente a 80% de tudo o que a pasta t�m.
Segundo o ministro do Turismo, Gast�o Vieira, a pr�pria presidente Dilma Rousseff deve participar das cerim�nias de inaugura��o dos principais empreendimentos, como o Centro de Eventos de Jo�o Pessoa (PB), programado para ficar pronto em maio do ano que vem. “Precisamos romper com um ciclo vicioso de inefici�ncia no gasto com o turismo, e a presen�a do governo federal ser� crucial para demonstrar que esses investimentos podem acelerar a economia da regi�o”, disse Vieira.
“H� locais como Pipa (RN), Jericoacoara (CE) ou Len��is Maranhenses, por exemplo, que s�o maravilhosos destinos tur�sticos, mas t�m infraestrutura prec�ria, e isso aumenta o custo para o turista”, afirmou.
Entre os Estados, S�o Paulo � o que tem o maior volume de interven��es federais em andamento (s�o 724 obras), que correspondem a R$ 563,7 milh�o. Mas o melhor �ndice de desempenho fica com o segundo colocado, o Cear�, que tem 398 obras em andamento (num total de R$ 273,4 milh�es em investimentos), e apenas 1,1% est� atrasada.
Quase 90% de todas as obras tocadas pelo Minist�rio do Turismo s�o propostas de emendas parlamentares. Segundo Vieira, a pasta tem ainda cerca de R$ 500 milh�es parados, que podem irrigar empreendimentos de infraestrutura nos munic�pios. O dinheiro ficar� no caixa do Minist�rio do Turismo at� junho de 2014, quando retornar� ao cofre do Tesouro Nacional caso as prefeituras n�o se habilitem a tomar esses recursos. “Basta ao prefeito resolver pend�ncias na Caixa, e o dinheiro estar� liberado”, afirmou o ministro.
Oportunidade
Segundo o governo, h� uma janela de oportunidade aberta neste momento para o investimento em turismo. A explos�o da taxa de c�mbio encarece as viagens internacionais, e acaba tornando o turismo pelo Brasil mais competitivo. Ao mesmo tempo, todas as aten��es est�o voltadas para c�, gra�as � realiza��o da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Ol�mpicos no Rio, em 2016. “� hora de as companhias a�reas ampliarem linhas, os hot�is baixarem suas tarifas e as prefeituras aplicarem os recursos que est�o � disposi��o em obras simples, cujo impacto no turismo � imediato”, disse o ministro.