O saldo da entrada e sa�da de d�lares do pa�s, fluxo cambial, est� negativo em US$ 1,069 bilh�o, neste m�s, at� o dia 21, informou hoje (23) o chefe do Departamento Econ�mico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.
O resultado negativo vem tanto do segmento financeiro (investimentos em t�tulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras opera��es), com US$ 899 milh�es, quanto do comercial (opera��es de c�mbio relacionadas a exporta��es e importa��es), com US$ 170 milh�es.
As opera��es de Adiantamento sobre Contrato de C�mbio chegaram a US$ 1,985 bilh�o. Os pagamentos antecipados ficaram em US$ 3,010 bilh�es. Esses valores est�o inclu�dos nas exporta��es, que totalizaram US$ 11,981 bilh�es neste m�s at� o dia 21. As importa��es ficaram em US$ 12,151 bilh�es.
Em julho, o Banco Central eliminou as restri��es de prazos para que os exportadores financiem pagamentos antecipados. Antes, os exportadores que quisessem antecipar o recebimento das receitas com as vendas para o exterior poderiam pegar empr�stimos de at� cinco anos. O BC derrubou esse limite, permitindo que financiamentos de prazos mais longos sejam concedidos. A medida ajuda a aumentar a oferta de d�lares no mercado, o que pode empurrar a cota��o para baixo.
Outra medida adotada pela instiui��o foi retirar o dep�sito compuls�rio sobre a posi��o vendida de c�mbio. Com a medida, os bancos deixaram de recolher � autoridade monet�ria parte dos valores aplicados em apostas de que o d�lar vai cair.
Em julho, os bancos fecharam o m�s com posi��o comprada (indica expectativa de alta do d�lar) em US$ 1,675 bilh�o. No dia 21 de agosto, essa posi��o tamb�m era comprada, em US$ 682 milh�es.
O mercado financeiro global enfrenta turbul�ncias por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os est�mulos monet�rios para maior economia do planeta. Se houver redu��o de est�mulos, o volume de moeda norte-americana em circula��o cai, aumentando o pre�o do d�lar em todo o mundo.