A Associa��o Internacional de Transporte A�reo (Iata) alerta que o valor dos combust�veis comercializados nos aeroportos concedidos � iniciativa privada pode subir por causa da falta de controle externo sobre o arrendamento das �reas dedicadas ao abastecimento dos avi�es. "Em um dos tr�s aeroportos j� concedidos, o pre�o (dos arrendamentos) aumentou 27%, com cl�usulas contratuais leoninas", disse o diretor da Iata no Brasil, Carlos Ebner, ressaltando que o aumento se reflete no valor do querosene de avia��o (QAV). O combust�vel responde por entre 40% e 45% dos custos das empresas a�reas do Brasil. Por isso, t�m sido foco de grande aten��o das companhias.
Ebner n�o revelou em qual dos tr�s aeroportos concedidos - Guarulhos, Viracopos (SP) e Bras�lia - foi verificado o aumento no arrendamento, mas disse que a Iata comunicou a quest�o � Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), que a analisaria. A Anac defende a participa��o das empresas a�reas, em parceria com os aeroportos, nas negocia��es sobre os arrendamentos com distribuidoras.
"Trata-se de um servi�o essencial para as empresas a�reas", destacou. Para os pr�ximos aeroportos a serem concedidos � iniciativa privada - Gale�o (RJ) e Confins (MG) -, a Iata sugeriu, na consulta p�blica sobre o edital dos leil�es, que haja um maior controle sobre o arrendamento das �reas dedicadas ao abastecimento dos avi�es.
Segundo o diretor da Iata no Brasil, a sugest�o foi bem recebida na Anac. "H� par�metros para tarifas aeroportu�rias, de passageiro, de pouso, de perman�ncia dos passageiros nos terminais", comparou, lembrando que os reajustes dessas taxas s�o baseados na infla��o e consideram tamb�m o desempenho dos aeroportos (Fator X).
Em apresenta��o durante o Aeroinvest 2013 - F�rum Internacional de Investidores em Infraestrutura Aeroportu�ria, em S�o Paulo, Ebner criticou a falta de monitoramento das atividades dos concession�rios de aeroportos por parte de um �rg�o independente. "Falta transpar�ncia, faltam dados oficiais e consistentes sobre o andamento das obras, se v�o terminar realmente no prazo estabelecido", disse.
Ele tamb�m voltou a questionar se o forte �gio pago pelos cons�rcios vencedores do �ltimo leil�o dos aeroportos n�o levar� a um aumento dos custos aeroportu�rios. "Os acionistas v�o querer seu retorno, nos preocupamos at� quando v�o conseguir isso fora das tarifas aeroportu�rias", disse. O leil�o de Guarulhos, Viracopos e Bras�lia teve um �gio m�dio de 347%.