Os Estados Unidos entraram em um ciclo de crescimento duradouro e o Brasil ter� de se acostumar com o d�lar valorizado, afirmou Claudio Frischtak, do Conselho Empresarial Brasil-China e presidente da Inter.B Consultoria Internacional de Neg�cios. O consultor avalia que o Banco Central age corretamente para tentar minimizar a volatilidade do c�mbio, mas se diz preocupado com a deteriora��o dos fundamentos da economia nacional.
Frischtak citou juros e c�mbio, duas taxas b�sicas da economia brasileira que, segundo ele, estavam desajustadas. "H� um enfraquecimento dos fundamentos da nossa economia, com perda de competitividade", disse. Nas suas palavras, o Brasil "est� seguindo um movimento contr�rio da economia dos EUA". Frischtak acredita que a moeda norte-americana deve permanecer em um patamar entre R$ 2,35 e R$ 2,40.
A cota��o fechou nesta ter�a-feira a R$ 2,371, depois de superar a faixa de R$ 2,40 na semana passada, antes de o BC anunciar um programa de inje��o di�ria de recursos no c�mbio, no total de US$ bilh�es at� o fim do ano.
Frischtak se mostrou "extremamente otimista" com a economia dos EUA, pois apresenta crescimento na casa de 2% em meio a um forte processo de ajuste fiscal. "A economia dos EUA entrou em um processo s�lido de crescimento que vai durar muitos anos", disse em evento na Baixada Santista. Os motivos para a recupera��o dos EUA, afirmou, � uma revolu��o energ�tica em curso, retorno do consumo e dos investimentos e processo de reindustrializa��o.