A participa��o da ind�stria de transforma��o no Produto Interno Bruto (PIB) foi de 13,3% em 2012, retrocedendo ao n�vel que o setor tinha na economia em 1955, antes da implanta��o do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek. E, mantida as atuais condi��es de crescimento, essa participa��o dever� cair para 9,3% em 2029.
Os dados fazem parte da pesquisa “Por que reindustrializar o Brasil”, elaborada pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp).
O estudo aponta duas metas para tirar o Pa�s da in�rcia: dobrar a renda per capita em 20 anos, com um crescimento do PIB de 4 01% ao ano e um crescimento m�dio de 3,52% da renda per capita; ou alcan�ar essa meta em 15 anos, com alta do PIB de 5,29% ao ano.
“Essa meta exige uma estrat�gia que passa por aumentar o investimento e a participa��o da ind�stria no PIB, com planejamento de longo prazo. N�o temos hoje estrat�gias bem definidas, trabalhamos no improviso, onde as decis�es s�o tomadas por press�es de setores mais organizados. Levaremos quatro d�cadas para crescer at� entrar na faixa inicial dos pa�ses desenvolvidos”, diz o diretor do Decomtec, Jos� Ricardo Roriz Coelho. “No ano que vem, vamos ter elei��es para presidente e governadores e nosso desejo � colocar essa reflex�o para que a sociedade possa perceber que podemos ir muito mais longe.”
Desindustrializa��o. O estudo, de 45 p�ginas, trabalha com o conceito de “desindustrializa��o”, que n�o significa o fechamento de empresas, mas a sua participa��o na gera��o de riquezas em rela��o a outros setores da economia. A desindustrializa��o ocorre quando a ind�stria de transforma��o atinge uma renda per capita elevada, momento a partir do qual h� o fortalecimento do setor de servi�os. No caso dos Estados Unidos, Alemanha, Jap�o, Reino Unido e It�lia esse fen�meno ocorreu a partir do momento em que a renda per capita m�dia atingiu US$ 19,5 mil, segundo a pesquisa. “At� US$ 10 mil de renda per capita, as pessoas procuram produtos, querem se vestir morar, se locomover, etc. Quando a renda passa disso, as pessoas come�am a ter acesso a bens que n�o tinham antes, como geladeira, televis�o, carro, moto, celular. Quando chega em US$ 20 mil a casa dela j� est� recheada de produtos e ela passa a demandar servi�os, cultura, cinema, restaurantes, clube, viagens f�rias”, explica Coelho.