Pela f�rmula antiga, sempre que a taxa Selic ca�sse abaixo de 8,5% ao ano, o governo acionaria um gatilho condicionando a corre��o da poupan�a ao pagamento de 70% da Selic mais a taxa referencial (TR). Como essa taxa quase sempre fica zerada, a rentabilidade paga era de, em m�dia, 0,48% ao m�s, contando o per�odo em que os juros b�sicos ficaram em torno de 8,5% ao ano, entre 10 de julho e 28 de agosto.
Com a alta de juros definida ontem pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), volta a regra de remunera��o de 0,5% ao m�s. Parece pouco, mas, para especialistas, a diferen�a de 0,2 ponto percentual ao m�s na corre��o da poupan�a servir� para tornar ainda mais atraentes as aplica��es na caderneta. “Hoje, sem d�vida, a melhor op��o de investimento para o pequeno investidor � a poupan�a, porque, al�m de ser isenta de Imposto de Renda (IR), ela � f�cil de entender e absolutamente segura na hora de receber”, disse o diretor de gest�o de recursos da Ativa Corretora, Arnaldo Curvello.
Mesmo antes de o governo mudar a forma de c�lculo da caderneta, em maio de 2012, os dep�sitos na poupan�a j� vinham superando os saques m�s a m�s. Em julho, a chamada capta��o l�quida chegou a R$ 9,331 bilh�es, o maior resultado j� registrado para meses de julho e o segundo melhor desempenho da hist�ria, ficando atr�s somente do de junho deste ano, quando os dep�sitos superaram os saques em R$ 9,451 bilh�es. Em agosto, at� o dia 20, o saldo est� positivo em R$ 1,914 bilh�o, segundo dados do BC.
Tamanho apetite pela caderneta reflete o baixo interesse do brasileiro por modalidades de investimento menos conservadoras, como fundos de renda fixa. Normalmente, essas aplica��es costumam pagar pr�mios superiores aos da caderneta. Essa l�gica se inverteu, no entanto, a partir do momento em que os juros b�sicos ca�ram ao menor patamar hist�rico, 7,25% ao ano. Como s�o tributados pelo IR e tamb�m cobram taxa de administra��o dos cotistas, os fundos acabam sendo menos vantajosos que a poupan�a na maior parte dos casos. (DB)