O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira, 29, que a previs�o de crescimento de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 � uma meta ambiciosa, levando-se em conta o cen�rio internacional. "Vivemos hoje momento de certa turbul�ncia na economia internacional. N�o � f�cil prevermos com esta anteced�ncia os valores do pr�ximo ano", disse.
Mantega avaliou que h� sinais de melhoria da economia nos pa�ses avan�ados. "Os EUA est�o em trajet�ria um pouco melhor. A trajet�ria vai melhorar mais ainda em 2014 e os EUA t�m poder de fomentar a economia mundial", argumentou. Ele afirmou ainda que a Europa deu sinais de recupera��o de economia.
"� poss�vel que cen�rio internacional, que tem nos causado problemas e diminu�do o PIB brasileiro, seja mais favor�vel", disse, em refer�ncia a 2014. "Com isso, teremos economia mundial um pouco mais din�mica. Todo mundo vai poder exportar mais, ter saldos melhores e, com isso, poderemos alcan�ar 4% de crescimento", declarou. Mantega lembrou que os n�mero ser�o avaliados, novamente, no in�cio de 2014. "Estaremos revendo esses n�meros no come�o do pr�ximo ano com mais realismo porque estaremos mais pr�ximos dos fatos", garantiu.
Desonera��o
O ministro da Fazenda explicou tamb�m que o governo decidiu explicitar os gastos com a Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE) - que banca a redu��o do valor da luz - no projeto de Lei Or�ament�ria de 2014 em R$ 9 bilh�es (o equivalente a 0,2% do PIB). De acordo com Mantega, esses c�lculos foram feitos com bastante realismo, mas os gastos podem ser alterados, dependendo de v�rios fatores. Conforme a necessidade, os gastos poder�o ser menores e as despesas retiradas.
O ministro prosseguiu afirmando ainda que as despesas previstas com a desonera��o da folha de pagamentos s�o de R$ 17 bilh�es (ou 0,3% do PIB). Mantega preferiu chamar essas desonera��es de despesas. O ministro ressaltou que essas duas desonera��es somam 0,5% do PIB, um valor elevado. "Com isso, temos uma despesa muito maior. Um pouco maior do que poderia ser", acredita.
'Qualidade da gest�o'
Mantega avaliou que as tr�s principais despesas do governo est�o sob controle ou em queda: juros, Previd�ncia e pessoal. "Isso mostra a qualidade da gest�o do governo", julgou. Segundo o ministro, despesas com o pagamento dos juros da d�vida est�o em trajet�ria de queda, caindo de 4,7% do PIB em 2013 para 4,5%. De acordo com Mantega, as despesas com pessoal foram mantidas no mesmo patamar de 2013, em 4,2% do PIB. "Portanto, n�o h� nenhum crescimento avassalador."
O ministro tamb�m ressaltou a queda do d�ficit da Previd�ncia, que, na an�lise dele, � "excelente". Mantega enfatizou que as receitas previdenci�rias aumentam mais que as despesas. "Isso mostra forte controle, deve-se ao aumento do emprego e � formaliza��o da for�a de trabalho. Assim vai continuar", prometeu.