O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que a taxa de c�mbio indicada na proposta or�ament�ria para 2014 foi fixada em R$ 2,19. "Isso n�o deve ser tomado como previs�o", insistiu em entrevista � imprensa para detalhar o Projeto de Lei Or�ament�ria Anual (PLOA) entregue na manh� desta quinta-feira, ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Mantega aproveitou para dizer que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) FED "deixa um pouco a desejar" quando se comunica e n�o � muito claro. O ministro afirmou acreditar que o �rg�o fala n�o em enxugamento de liquidez, mas sim em fluxo de liquidez. Mantega avalia, ainda, que continuar� havendo estoque de liquidez elevado quando "a situa��o se acomodar". "Daqui a pouco, fluxos v�o se redefinir", disse.
Houve uma arrancada nas semanas anteriores e o d�lar superou R$ 2,40, mas tem se situado abaixo desse patamar nos �ltimos preg�es, ap�s medidas do Banco Central para reduzir a volatilidade do mercado de c�mbio. A puxada do d�lar ocorre em meio � movimenta��o global de recursos voltando para os EUA, depois que o Fed sinalizou que no curto prazo come�ar� a reduzir sua pol�tica de incentivos.
Ao ser questionado por jornalistas, Mantega refor�ou que n�o haver� novas desonera��es tribut�rias no ano que vem. Segundo ele, as atuais est�o surtindo efeito e estavam previstas novas desonera��es da folha "marginais" para entrar em vigor no in�cio de 2014. "N�o h� adi��o de desonera��o para o pr�ximo ano", refor�ou.
Sobre o super�vit prim�rio, a economia para pagamento de juros da d�vida, Mantega declarou que o governo poder� fazer em 2014 um "intermedi�rio" das contas do setor p�blico entre 3,1% do PIB e 2,1% do PIB, que � a meta prevista com abatimentos. De acordo com o ministro, se o cen�rio econ�mico melhorar, o governo poder� fazer um abatimento menor do que os R$ 58 bilh�es previstos na proposta de Lei Or�ament�ria.
"Se o cen�rio for melhor, se houver recupera��o da economia, poderemos abater menos daquilo que est� sendo colocado, e fazer uma prim�rio intermedi�rio." O ministro esclareceu ainda que o governo tra�ou no documento um cen�rio "moderado", que poder� melhorar com uma arrecada��o de tributos e crescimento maiores. Mantega refor�ou que a a��o do governo tem sido a de fazer um abatimento menor, com exce��o do ano passado.