Depois de dois dias seguidos de queda, o d�lar fechou o preg�o de ontem com alta de quase 1%, cotado a R$ 2,37, depois de chegar a R$ 2,38 na m�xima do dia. Na semana, a valoriza��o � de 0,71% e no m�s, de 3,84%. No ano, a moeda j� subiu 15,91%, mas o pacote de interven��es di�rias do Banco Central chegou a surtir efeito. A moeda norte-americana, que bateu em R$ 2,48, recuou para R$ 2,33 durante a semana. Contudo, o movimento s� durou tempo suficiente para aliviar a press�o sobre a decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), que p�de fixar a alta de juros esperada pelos economistas, de 0,5 ponto percentual, elevando a Selic a 9% ao ano.
O mercado garante que o movimento de queda estancado ontem foi motivado pela inje��o de d�lares da Petrobras. A estatal brasileira, que tem autoriza��o para manter um caixa no exterior e pode traz�-lo para o pa�s quando achar conveniente, provocou o ingresso de US$ 750 milh�es na ter�a-feira, e montante semelhante na quarta-feira, injetando no mercado mais de US$ 1,5 bilh�o justamente nos dias de reuni�o do Copom. Sem qualquer ingresso ontem, a moeda norte-americana voltou a subir. Procurada, a Petrobras n�o quis comentar o assunto.
Alguns especialistas tamb�m creditam a alta ao bom resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, de 2,5% no segundo trimestre do ano. Para o economista Jason Vieira, a renova��o da confian�a na maior economia do planeta valorizou o d�lar frente a v�rias moedas e teve impacto diante do real. A varia��o da divisa dos EUA contra uma cesta de moedas atingiu a m�xima em duas semanas. “A not�cia impulsionou as cota��es do d�lar globalmente”, afirmou Vieira.
Na avalia��o do gerente de c�mbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, se o PIB dos EUA tivesse tido tanta influ�ncia, o movimento de alta n�o teria iniciado apenas � tarde, j� que os dados da economia norte-americana eram conhecidos desde o in�cio do dia. “S� se foi um efeito retardado porque o d�lar abriu em queda e come�ou a subir bem mais tarde”, argumentou. Conforme Galhardo, outros dados tiveram impacto mais forte na alta do d�lar, entre eles, o leil�o de linha realizado pelo BC, sem negocia��es de contratos.
Bovespa
O principal �ndice da Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa) tamb�m reagiu � volatilidade do dia de ontem. O Ibovespa chegou a avan�ar 1,39% na m�xima da sess�o, mas reduziu os ganhos ao longo do preg�o e fechou em leve alta de 0,11% em 49.921 ponto.