O Banco Central (BC) fez hoje (2) dois leil�es de swap cambial tradicional, opera��o equivalente � venda de d�lares no mercado futuro. Para o vencimento do dia 2 de dezembro deste ano, foram negociados 10 mil contratos no total de US$ 498,4 milh�es. No segundo leil�o, com vencimento em 3 de fevereiro de 2014, foram 20 mil contratos, no total de US$ 992,7 milh�es. Por volta das 11h50, a moeda recuava 0,38%, cotada a R$ 2,376 para a venda.
Os leil�es de hoje fazem parte da estrat�gia do BC de inje��o di�ria de d�lares no mercado. Pela programa��o do BC, de segunda a quinta-feira ser�o feitos leil�es de swap cambial, com oferta de cerca de US$ 500 milh�es por dia. �s sextas-feiras, ser� oferecido at� US$ 1 bilh�o, por meio dos leil�es de venda com compromisso de recompra. Mas quando anunciou essa programa��o, no dia 22 de agosto, o BC informou que faria leil�es adicionais sempre que julgasse apropriado.
No �ltimo s�bado (31), o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse que o Brasil est� preparado para enfrentar as oscila��es do mercado financeiro global, geradas pela decis�o dos Estados Unidos de reduzir est�mulos monet�rios.
Tombini disse que a economia mundial passa por um processo de transi��o, com a recupera��o econ�mica dos Estados Unidos. “Diga-se de passagem, transi��o positiva, pois significa que a recupera��o da maior economia do mundo est� ganhando for�a e isso representar� maior crescimento da economia e do com�rcio global � frente.”
Apesar das caracter�sticas positivas da transi��o, Tombini destacou que o processo de normaliza��o das condi��es monet�rias nas economias avan�adas gera volatilidade (fortes oscila��es), principalmente nos mercados de economias emergentes, como o Brasil. “As economias emergentes s�o as mais impactadas por essa volatilidade. Sempre foi assim. E n�o � diferente no caso da economia brasileira.”
Segundo o presidente do Banco Central, a estrat�gia da institui��o � clara: “Usaremos nosso amplo rol de instrumentos para reduzir a volatilidade excessiva e mitigar potenciais riscos � estabilidade financeira.” De acordo com Tombini, essa estrat�gia ser� usada pelo tempo necess�rio, at� que as condi��es monet�rias sejam normalizadas e haja maior crescimento da economia e do com�rcio global.
Desde o fim de maio, o sistema financeiro global enfrenta turbul�ncias por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os est�mulos monet�rios para a maior economia do planeta. Com menos d�lares em circula��o, a cota��o da moeda norte-americana fica mais alta em todo o mundo.