
O setor fechou o per�odo de abril a junho com crescimento de 3,9% em rela��o ao primeiro trimestre e expans�o de 13% sobre o segundo trimestre de 2012. J� na compara��o entre o primeiro semestre de 2013 com igual per�odo do ano passado, o resultado � ainda mais expressivo, o melhor j� registrado pela economia do campo. A alta foi de 14,7%, a maior taxa j� registrada pelo IBGE desde 1996. Na sexta-feira, o resultado foi comemorado pelo ministro da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento, Ant�nio Andrade. "Estamos vivenciando, provavelmente, um dos melhores momentos da agropecu�ria do pa�s. Com o crescimento dos investimentos no campo – o que tem gerado maior produtividade nas lavouras – e a abertura de novos mercados", afirmou.
Se toda a cadeia do setor agr�cola for considerada — incluindo o escoamento dos produtos e a compra de m�quinas agr�colas — o peso esperado na alta do PIB passa de 50%. Confirmada a expectativa, o campo se tornaria o componente mais importante do crescimento econ�mico brasileiro, algo que n�o se registra h� muito tempo. As dificuldades enfrentadas pela ind�stria e os p�fios resultados do setor de servi�os ajudam a potencializar o bom momento do campo.
Revis�o Ap�s o surpreendente resultado da economia no segundo trimestre — alta de 1,5%, ante previs�es que n�o chegavam a 1% —, divulgado na sexta-feira, o mercado financeiro reviu as estimativas para 2013. No Boletim Focus, compilado toda semana pelo Banco Central, os analistas elevaram as proje��es de alta do PIB, o que n�o ocorria h� 21 semanas. A aposta passou de 2,20% para 2,32%. No in�cio do ano, o percentual esperado para 2013 era de 3,26%.
Os n�meros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) permitem uma avalia��o mais real da economia, na avalia��o do s�cio-diretor da Nobel Planejamento, Luiz Gonzaga Belluzzo. Por�m, o economista sustenta que o crescimento maior que o previsto n�o autoriza a an�lise de que a situa��o do pa�s vai bem. No primeiro trimestre, o PIB apresentou alta de 0,6%. Para o terceiro trimestre, as expectativas n�o s�o a das melhores.
Juros e infla��o A estimativa de crescimento maior vem acompanhada de mais juros e mais infla��o. Os analistas consultados pelo BC subiram de 5,80% para 5,83% a proje��o para o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013. No caso da taxa b�sica de juros (Selic), a expectativa se mant�m em 9,5% este ano, mas para 2014 os analistas j� apostam em 9,75%. Entre os cinco que mais acertam as proje��es, o percentual para os dois per�odos � de 10% ao ano.
Para J�lio Miragaya, do Conselho Federal de Economia, o Boletim Focus divulgado ontem mostra que o mercado se apossou de uma vis�o um pouco mais otimista em rela��o ao crescimento do pa�s. "As novas estimativas mostram isso. Mesmo que a cria��o de empregos continue a desacelerar, ainda acredito em avan�o do PIB mais pr�ximo de 3%", aposta o economista, ponderando que o desempenho da ind�stria depender� bastante do comportamento do c�mbio at� dezembro. O efeito positivo da desvaloriza��o do real sobre os setores exportadores e as consequ�ncias do aumento de juros, analisa o Banco Santander, tendem a contrabalancear investimento e consumo, resultando em crescimento est�vel e moderado nos pr�ximos trimestres.

Diante da incapacidade do poder p�blico de atender todas as necessidades da popula��o, � preciso que os setores p�blicos e privados unam for�as para aumentar o n�vel de investimento e, por consequ�ncia, melhorar o n�vel de vida no Brasil, avalia o diretor-presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi. O banqueiro classificou o atual momento do pa�s como crucial para delinear os rumos da economia. "A conjuntura internacional est� nos oferecendo novos desafios. E esses desafios passam pela nossa capacidade de provar ao mundo que o Brasil � o pa�s mais amig�vel para investir", afirmou Trabuco em almo�o no Autom�vel Clube de Belo Horizonte durante abertura do 4º F�rum Liberdade e Democracia.
O entendimento � que com as melhorias nos indicadores econ�micos dos Estados Unidos – chamado por Trabuco de o "grande aspirador de capitais do mundo" – o Brasil ter� pela frente a necessidade de disputar recursos com o resto do mundo. Mas, para ser atrativo em rela��o aos demais players mundiais, ele diz ser necess�rio haver uma "rela��o m�tua de confian�a" entre p�blico e privado, ressaltando ser o Brasil um dos poucos pa�ses do mundo em que h� conviv�ncia entre as duas esferas em diversos setores, como sa�de, previdenci�rio, banc�rio etc.
O executivo afirma que no segundo semestre o pa�s ter� uma importante agenda para demonstrar como andam essas rela��es. A expectativa � que finalmente sejam realizados os leil�es rodovi�rios, ferrovi�rios e de aeroportos, o que pode contribuir para destravar os gargalos da infraestrutura. "� uma agenda muito interessante para o pa�s. Estamos falando de centenas de bilh�es. E isso � importante trabalharmos em conjunto para conseguir atrair os investidores. Mais aeroportos, mais rodovias e mais rodovias, o que acontece: o pa�s fica mais competitivo", afirma o diretor-presidente do Bradesco.