
A Bolsa de Valores de S�o Paulo (BM&FBovespa) registrou ontem forte alta desde sua abertura, fechando em 2,67%, embalada pela not�cia de que a OGX, petroleira do grupo do empres�rio Eike Batista, cobrou o aporte de US$ 1 bilh�o prometido pelo controlador. O ganho semanal foi de 7,48%, o maior desde outubro de 2011.
As a��es ordin�rias (ON) da companhia deram um salto e encerram o preg�o valendo R$ 0,52, uma alta de 26,82%, depois de ter subido 34,1%. Sem recursos para tocar suas atividades por muito tempo, a petroleira divulgou ontem fato relevante informando que exerceu a op��o contra Eike, acertada em outubro de 2012.
Segundo especialistas, o otimismo prevaleceu por todo o tempo, apesar de a decis�o da diretoria da OGX em buscar os seus direitos ainda n�o garantir o recebimento do valor devido. A d�vida se Eike vai pagar ou n�o ficou em segundo plano diante da obriga��o de a diretoria da petroleira exercer a op��o contra o controlador. � grande a desconfian�a de que o controlador n�o conseguir� sequer transferir a primeira parcela obrigat�ria de 10% do US$ 1 bilh�o.
A diretoria da empresa vai propor reuni�o extraordin�ria do conselho de administra��o para a convoca��o de assembleia geral destinada a aprovar o aumento de capital imediato, no valor m�nimo de US$ 100 milh�es. O restante ser� solicitado conforme o caixa for exigindo. Pela op��o, o empres�rio dever� bancar novas a��es da companhia ao pre�o de R$ 6,30 por papel, mais de 11 vezes o valor do ativo na bolsa.
A decis�o de exercer a op��o contra o ex-bilion�rio Eike pode ter ocorrido mesmo sem consult�-lo, independentemente da capacidade do empres�rio em honrar a inje��o de capital. Isso porque os executivos da empresa t�m o compromisso legal de salvar a OGX e conseguir recursos para mant�-la. Os diretores da empresa e do grupo EBX n�o quiseram falar sobre o assunto.
A derrocada da OGX, que j� foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou for�a ap�s sucessivas frustra��es com o n�vel de produ��o da petroleira. No in�cio de julho, a companhia decidiu n�o seguir adiante com o desenvolvimento de algumas �reas na bacia de Campos (RJ) antes consideradas promissoras. Sua d�vida est� acima de US$ 4 bilh�es, a maioria em b�nus no exterior.
Enquanto isso, espera vender uma fatia em blocos de petr�leo para a malaia Petronas, para conseguir aliviar o caixa. A Petronas informou, por�m, que aguarda a conclus�o da reestrutura��o da d�vida para ir adiante no neg�cio de US$ 850 milh�es com a OGX.
COMUNICADO No in�cio da noite de ontem, em comunicado ao mercado, a OGX informou que o controlador Eike Batista det�m atualmente 50,16% do capital social total da empresa e que no momento n�o pretende se desfazer de mais a��es. Eike vendeu cerca de 7% do capital social da empresa desde 28 de agosto, em um processo que, segundo a companhia, visa o aperfei�oamento da sua estrutura de capital. "Questionado acerca da quantidade visada para venda, o senhor Eike Fuhrken Batista informou que n�o h�, neste momento, a inten��o de realizar novas aliena��es de a��es de emiss�o da companhia", disse a nota.