A zona do euro voltou nesta sexta-feira ao trabalho em Vilnius em um clima de maior serenidade devido �s melhores perspectivas econ�micas, mas dever� tomar decis�es importantes ap�s as elei��es alem�s.
Em sua primeira reuni�o depois do ver�o (hemisf�rio norte), os ministros das Finan�as (Eurogrupo) se concentraram na situa��o dos pa�ses da regi�o sob resgate financeiro. Como era esperado, o Eurogrupo deu autoriza��o � entrega de uma nova parcela de 1,5 bilh�o de euros ao Chipre, no �mbito de seu plano de resgate de um total de 10 bilh�es.
A entrega ser� feita no fim de setembro, ap�s a autoriza��o oficial do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), o fundo da Eurozona encarregado de efetuar o pagamento. Mas n�o houve um an�ncio importante devido � imin�ncia das elei��es legislativas de 22 de setembro na Alemanha.
Neste pa�s, maior economia da Eurozona e primeiro contribuinte nos diferentes planos de resgate h� quatro anos, todos os temas relativos � gest�o da crise s�o politicamente muito sens�veis. "H� pelo menos dois ou tr�s grandes temas que foram adiados at� outubro" por essa raz�o, havia confirmado uma fonte diplom�tica.
Al�m disso, esta reuni�o do Eurogrupo n�o est� marcada por um sentimento de urg�ncia pelo fato de a crise da d�vida j� n�o estar t�o aguda quanto no passado. No entanto, os l�deres da Eurozona admitiram que haver� muito trabalho nos pr�ximos meses, com o fim � vista dos planos de resgate de Irlanda, Portugal e do setor financeiro da Espanha.
No entanto, o maior dos interessados � a Gr�cia, que obteve at� agora 240 bilh�es de euros de dois resgates sucessivos, e que precisaria de uma ajuda adicional de 11 bilh�es de euros. Atenas tenta tamb�m encontrar uma forma de reduzir sua gigantesca d�vida, que alcan�ar� 176% do PIB no fim de 2013. A op��o de um perd�o da d�vida continua sendo rejeitada pela UE, em particular pela Alemanha.
Vigil�ncia � Eslov�nia
Por outro lado, a Eurozona ter� que vigiar nos pr�ximos meses a Eslov�nia, que tem um setor banc�rio repleto de cr�ditos t�xicos, com um montante que se aproxima dos 7 bilh�es de euros, segundo o Fundo Monet�rio Internacional (FMI).
Por fim, uma reuni�o extraordin�ria do Eurogrupo ser� realizada no dia 22 de novembro para debater os projetos de or�amentos dos pa�ses da Eurozona, anunciou nesta sexta-feira o l�der deste f�rum, o holand�s Jeroen Dijsselbloem.
Esta reuni�o examinar� se os projetos de or�amento desses pa�ses t�m credibilidade e est�o em conformidade com as recomenda��es emitidas por Bruxelas. No momento em que "melhoram as perspectivas econ�micas, � preciso prosseguir com as reformas", disse Dijsselbloem em uma coletiva de imprensa ao t�rmino da reuni�o do Eurogrupo.
Depois do encontro do Eurogrupo, os ministros das Finan�as dos 28 membros da UE se re�nem na tarde desta sexta-feira e tamb�m no s�bado, tendo na agenda os avan�os sobre a uni�o banc�ria, em particular o mecanismo para ajudar os bancos em dificuldades na Eurozona, diante do qual Berlim manifesta retic�ncias.