
Apesar dos gastos exorbitantes com as bancas examinadoras, que desde 2011 somam R$ 400 milh�es apenas no �mbito do governo federal, os concursos n�o oferecem a m�nima seguran�a de contrata��o aos aprovados: o preenchimento das vagas esbarra no interesse de que correligion�rios ou apadrinhados pol�ticos ocupem os cargos — que deveriam ser dos concursados — como terceirizados ou comissionados.
O caso do Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) se tornou emblem�tico. A entidade nomeou 117 inscritos no �ltimo processo seletivo, realizado em 2011, para o qual foram abertas 200 vagas. Mas apenas 76 aprovados foram efetivados. “Infelizmente, isso acontece, e n�o � de agora. Muitos s� s�o empossados ao fim do prazo de validade da sele��o. Isso quando conseguem assumir”, disse o presidente do Gran Cursos, Jos� Wilson Granjeiro.
Na opini�o de Granjeiro, um dos problemas que emperram as posses � o contingente excessivo de cargos comissionados. S� no Procon-DF s�o 162. “O n�mero � tr�s vezes mais que o de funcion�rios efetivos. Isso � uma afronta a todos os concursados e �queles que querem servir. O percentual de comissionados em cada �rg�o deveria ser de, no m�ximo, 10% do quadro de servidores”, avaliou. No Poder Executivo Federal, existem 22 mil comissionados, de acordo com o Minist�rio do Planejamento. H� 650 mil funcion�rios p�blicos civis na ativa.