A diretoria dos Correios espera chegar a um acordo na tarde de hoje (17) com os sindicatos que n�o aceitaram a proposta da empresa e continuam em greve desde o dia 12. Em uma audi�ncia de concilia��o na Justi�a do Trabalho, em Bras�lia, a empresa vai manter a proposta – j� aceita pelos sindicatos do Rio de Janeiro, S�o Paulo, Bauru (SP) e Rond�nia – de reajuste de 8% nos sal�rios, que representa reposi��o da infla��o do per�odo (6,27%), mais ganho real de 1,7%, al�m de 6,27% a mais nos benef�cios.
O presidente da empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira, disse, em entrevista coletiva, que esse � o limite a que a empresa pode chegar, nas circunst�ncias atuais. “� uma �tima proposta, em respeito aos trabalhadores e � popula��o, que n�o pode ser prejudicada pela paralisa��o dos servi�os.”
De acordo com a dire��o dos Correios, 98,73% dos empregados (122.889) compareceram normalmente ao trabalho nesta ter�a-feira, “apesar da paralisa��o mantida por seis sindicatos [Para�ba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Tocantins, S�o Jos� dos Campos e Vale do Para�ba]”. Segundo os Correios, as paralisa��es provocaram um ac�mulo de 3,4 milh�es de objetos (correspond�ncia e encomendas). O Plano de Continuidade de Neg�cios, que prev� o cumprimento de horas extras, mutir�es para entrega nos fins de semana e deslocamento de empregados entre as unidades, dever� regularizar a situa��o at� amanh� (18), informa os Correios.
Os Correios oferecem na proposta de acordo o pagamento de um vale extra no valor de R$ 650 em dezembro, e vale-cultura dentro das regras do programa do governo federal.
Os sindicatos ser�o representados pela Federa��o Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Tel�grafos e Similares (Fentect). Que representa mais de 30 entidades de empregados dos Correios. A entidade reivindica 7,13% de reajuste mais 15% de aumento real e R$ 200 de aumento linear para todos os 123 mil servidores. Al�m disso, pede 20% de aumento pelas perdas salariais ocorridas desde o Plano Real.
Segundo o �rg�o, atender �s demandas da categoria causaria impacto de R$ 31,4 bilh�es sobre a folha de pagamento, o equivalente a "quase o dobro da previs�o de receita” para este ano, “ou o equivalente a 50 folhas mensais de pagamento da ECT” como um todo.
Al�m das reivindica��es salariais, o diretor da Fentect, James Magalh�es, afirma que outro ponto que preocupa os trabalhadores � a situa��o do Correios Sa�de, plano que atualmente � administrado pelo setor de recursos humanos da empresa. “Desde 2009, eles v�m sucateando o plano. Fecharam v�rios ambulat�rios dentro dos Correios. Agora querem repass�-lo � iniciativa privada, sob o nome de Postal Sa�de, prejudicando tamb�m esse direito dos trabalhadores.”