Os resultados da an�lise dos Coeficientes de Exporta��o e Importa��o (CEI) da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp) mostram que, apesar de o Coeficiente de Exporta��o (CE) da ind�stria brasileira ter fechado o segundo trimestre do ano com avan�o, para 21%, a participa��o de produtos importados no consumo dom�stico bateu novo recorde, chegando a 24,8%.
De acordo com o Departamento de Rela��es Internacionais e Com�rcio Exterior (Derex) da Fiesp, que divulgou os resultados nesta ter�a-feira, 17, o indicador relativo �s exporta��es brasileiras interrompeu a trajet�ria de arrefecimento do setor industrial, mas isso n�o significa que a ind�stria se recuperou totalmente do momento de dificuldade pelo qual passa.
"Essa eleva��o pode ter sido motivada pelo efeito cambial, que, ao desvalorizar o real, garantiu uma vantagem �s exporta��es de produtos brasileiros", disse em nota o diretor do departamento, Roberto Giannetti. "Por�m a dificuldade da ind�stria dom�stica continua bastante evidente, basta notar o crescimento permanente - semestre a semestre - e de forma gradual do Coeficiente de Importa��o (CI)."
Segundo a Fiesp, apesar de ter crescido apenas 0,8 ponto porcentual na compara��o interanual, o CI j� representa quase um quarto (24,8%) de tudo o que � consumido no Brasil. Assim, o indicador para a ind�stria bate novamente seu recorde na s�rie hist�rica. O CI da ind�stria de transforma��o fechou o per�odo em 23,4%, tamb�m alta de 0,8 ponto porcentual.
"Isso � uma prova inconteste da desindustrializa��o do Pa�s. N�o conseguimos competir com os produtos importados, seja por causa do d�lar ou pelas dificuldades do 'Custo Brasil'", afirmou Giannetti. Ele tamb�m acrescenta � lista de dificuldades da ind�stria brasileira os "elevados custos com log�stica, impostos e oneradas taxas de juros no mercado financeiro". "O empres�rio n�o consegue competir de maneira e condi��es ideais com seus colegas do exterior."