O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou em audi�ncia p�blica na Comiss�o Mista de Or�amento (CMO) que a infla��o brasileira ainda est� em patamares desconfort�veis, embora j� tenha retomado a tend�ncia de decl�nio ap�s o pico de alta verificado h� alguns meses. Ele salientou para parlamentares que a desvaloriza��o e volatilidade do c�mbio ensejam corre��o "natural e esperada" dos pre�os relativos da economia.
Ao afirmar que a infla��o � um tema caro para o BC, Tombini lembrou que num passado recente a infla��o sofreu choques externos n�o desprez�veis. Al�m disso, ele lembrou que os pre�os mostraram uma maior resist�ncia para cair. "Diante desse cen�rio o BC come�ou a agir", disse. Primeiro, de acordo com ele, alterou sua forma de comunica��o e, depois, com um ciclo de ajuste da taxa b�sica de juros desde abril deste ano.
Tombini disse tamb�m que o ideal para o Pa�s seria o menor n�vel poss�vel de indexa��o da economia, mas ponderou que indicadores indexados s�o um legado do per�odo de infla��o alta no Brasil. "H� um estoque de componentes financeiros indexados", definiu. "Precisamos avan�ar no controle de alta dos pre�os para no futuro podermos mudar essa indexa��o da economia", completou.
O presidente do Banco Central avalia que a percep��o dos agentes econ�micos ainda est� mais pessimista do que a realidade revelada pelos n�meros da economia. Ele ressaltou que o crescimento do PIB no segundo trimestre do ano de 1,5% representa um crescimento de "mais de 6%" no ano. "Al�m disso, a composi��o do crescimento � promissora", afirmou.
Ele citou uma s�rie de vari�veis econ�micas, como o n�vel de emprego em n�veis historicamente baixos, a expans�o do cr�dito, o patamar de c�mbio hoje mais favor�vel do que h� alguns meses para a produ��o dom�stica e a produ��o recorde de gr�os, entre outros fatores. "O crescimento tem se materializado, ainda que de forma gradual", resumiu.
Tombini comentou, por�m, que essa continuidade da expans�o da atividade depende do fortalecimento da confian�a das fam�lias e de empres�rios, que j� vem mostrando alguma recupera��o recentemente.