A esperada recupera��o da economia americana pode ajudar no desafio da ind�stria da minera��o, que enfrenta grande volatilidade de pre�os das chamadas commodities minerais e met�licas (produtos cotados no mercado internacional) e o baixo crescimento da economia chinesa, locomotiva do consumo mundial de mat�rias-primas. Os sinais mais positivos na Europa tamb�m indicam uma mudan�a no cen�rio em que o setor tem trabalhado. N�o � por outro motivo que grandes empresas adotaram pol�ticas de redu��o de custos e buscam mais efici�ncia, sem abandonar os planos de investimento estimados em US$ 75 bilh�es no Brasil do ano passado at� 2016 pelo Instituto Brasileiro de Minera��o (Ibram).
O tema dominou as discuss�es de ontem na abertura da Exposi��o Internacional de Minera��o (Exposibram 2013) e do 15º Congresso Brasileiro de Minera��o, com a participa��o de 2 mil profissionais e pesquisadores do setor, eventos realizados pelo Ibram no Expominas. A expans�o menor da China, de 7,5% ao ano, ante mais de 10% anuais at� 2011, pode ser compensada com a retomada de economias maduras, a exemplo dos Estados Unidos, para executivos a exemplo do presidente da Anglo American N�quel Brasil, Walter De Simoni.
“As oportunidades v�o continuar existindo. Tudo vai depender da nossa competitividade. O Brasil precisa investir”, afirmou durante debate sobre o futuro da minera��o brasileira. A despeito da crise, a Companhia Sider�rgica Nacional (CSN) � uma das empresas que mant�m investimentos e confirmou a conclus�o no ano que vem do projeto de duplica��o da capacidade de produ��o de min�rio de ferro da Mina de Casa de Pedra, em Congonhas, na Regi�o Central de Minas Gerais.
O diretor de minera��o da CSN, Daniel dos Santos, informou que a companhia entrou na etapa final de obras e instala��es para iniciar os testes da expans�o da Mina de Casa de Pedra no segundo semestre de 2014. “N�o vendemos s� para o mercado chin�s. Fornecemos para a Europa, Oriente M�dio, Jap�o e Coreia”, afirmou o executivo. Os clientes do gigante asi�tico consomem um ter�o da produ��o.
Com o projeto, Casa de Pedra, que completou 100 anos, ter� capacidade de produzir 20 milh�es de toneladas por ano a partir do ano que vem. Na disputa do consumo mundial da principal riqueza mineral do Brasil, a CSN se beneficia de dois fatores que passaram a pesar mais diante da crise mundial: custos baixos e min�rio de alta qualidade.
Segundo Santos, as despesas da CSN para produzir em Casa de Pedra est�o no n�vel de 25% das companhias com os menores custos na ind�stria mundial da minera��o. O material retirado da mina � considerado premium, com teores de ferro variando de 64,5% a 67% de acordo com o produto comercializado no mercado internacional.
Log�stica
O presidente do Ibram, Jos� Fernando Coura, considera que no Brasil o maior problema para os programas de expans�o das mineradoras se aproveitarem da demanda mundial est� em gargalos mantidos pela log�stica deficiente do pa�s e a burocracia. “� um momento dif�cil, de certa crise e de deprecia��o de pre�os, por isso as empresas buscam redu��o de custos e trabalham pela sustentabilidade das suas opera��es”, afirmou Coura.