O Brasil oferece seguran�a ao investidor estrangeiro e nacional interessado no Pa�s, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a um grupo de 350 investidores em Wall Street. Segundo ele, a economia brasileira voltou a se recuperar a partir do segundo semestre do ano passado e o investimento em infraestrutura deve puxar a expans�o da atividade. "Teremos bom crescimento em 2014 e as concess�es devem refor�ar o avan�o do investimento, que � o item que mais cresce no Brasil", disse o ministro.
Mantega mostrou aos investidores alguns pontos positivos do Brasil, como um mercado de derivativos desenvolvido e l�quido e ainda citou que o Pa�s tem o segundo maior volume de op��es de derivativos de juros no mundo, com m�dia de neg�cios acima de outros emergentes. O ministro citou ainda alguns indicadores econ�micos, como a rela��o entre reservas e importa��es, que chega a 158% e a d�vida bruta, que se mant�m em 59% do Produto Interno Bruto (PIB).
"Temos um dos melhores super�vits prim�rios do mundo e temos trabalhado para ter a melhor situa��o fiscal do mundo", disse, reconhecendo, por�m, que a carga tribut�ria no Brasil � elevada. Mantega ressaltou que a piora das contas fiscais em 2012 se deveu a um corte em tributos, incluindo a desonera��o da folha de pagamentos.
O ministro disse ainda que as perspectivas para a economia brasileira no segundo semestre s�o positivas, com o Pa�s colhendo frutos de reformas e medidas tomadas nos �ltimos meses, como a redu��o de custos financeiros. "Estamos colhendo frutos dos ajustes feitos na economia". Ele brincou dizendo que alguns colegas de minist�rio n�o podem nem ver o ministro por causa dos apertos que o governo fez.
"Tivemos recentemente um surto inflacion�rio, causado sobretudo por uma seca nos Estados Unidos, e a desvaloriza��o cambial, que afetou o poder de compra da popula��o, se refletindo em n�meros do consumo", destacou. "J� notamos uma recupera��o. � medida que a infla��o est� controlada, isso faz com que haja recupera��o da capacidade de consumo da popula��o", disse, citando o crescimento do mercado brasileiro de ve�culos.
Bancos
Segundo Mantega, o Brasil tem tradi��o em cumprir regras e essa tend�ncia vai continuar. "As regras s�o claras, bem definidas. A nossa tradi��o � de cumprir regras no Brasil e pretendemos continuar nessa trajet�ria", afirmou.
O grande desafio para os programas de concess�o, ressaltou o ministro, � o alto volume de financiamento exigido destes projetos, que precisar�o de parceiros privados, nacionais e estrangeiros. "O Brasil certamente n�o possui todos os recursos para isso".
Mantega disse que o governo vai oferecer condi��es bastante vantajosas para que o setor privado ajude a financiar os investimentos em concess�es. Ele refor�ou ainda que a participa��o dos bancos privados, nacionais e estrangeiros � essencial para viabilizar esses empreendimentos, que chegam a ter prazo de 25 anos.
As concess�es devem ter uma estrutura em que 60% a 70% sejam de financiamento direto e o restante, em equity (participa��o acion�ria). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) ficaria focado em financiar projetos de mais longo prazo e os mais dif�ceis. J� os bancos p�blicos, como Banco do Brasil e Caixa, entrariam como parceiros de institui��es financeiras privadas.
Mantega encerrou sua apresenta��o destacando que o Brasil tem tomado medidas para refor�ar o mercado de capitais, citando como exemplo as deb�ntures voltadas � infraestrutura, isentas de impostos, e disse ainda esperar retomada das aberturas de capital (IPO, na sigla em ingl�s).