Uma miss�o do governo brasileiro ir� a Washington em outubro debater com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) os crit�rios de c�lculo da d�vida p�blica brasileira. A diverg�ncia entre o modelo adotado pelo Minist�rio da Fazenda e o do fundo foi um dos pontos que levaram o governo brasileiro a desautorizar a publica��o do relat�rio completo do organismo com os dados da an�lise anual feita sobre a economia brasileira, o chamado "artigo 4º". A informa��o foi dada pelo diretor executivo do FMI para o Brasil, Paulo Nogueira Batista, que participa de evento no Rio, nesta quinta-feira, 26.
O Brasil cobra do FMI modifica��es e ajustes t�cnicos no documento antes de autorizar a publica��o da �ntegra do relat�rio. Apenas o sum�rio foi divulgado em agosto, apesar de o relat�rio estar pronto desde o fim de julho. Segundo o economista, o Brasil solicitou revis�es no relat�rio com base em v�rios crit�rios: erros factuais; passagens amb�guas; passagens sens�veis do ponto de vista do mercado financeiro. A mensura��o da d�vida p�blica bruta estava entre eles.
"Esse ponto est� presente mas transcende o relat�rio do artigo 4º. O Brasil h� anos vem explicando ao FMI porque mudou a forma de c�lculo da d�vida. O fundo n�o tem dado suficiente aten��o", disse Nogueira Batista, ressaltando que falava em nome pr�prio.
Para o diretor do fundo, h� uma demora do staff do FMI em responder aos questionamentos enviados pelo Brasil sobre o artigo, que � preparado depois de uma avalia��o e troca de informa��es com a �rea econ�mica do governo sobre a estrat�gia de pol�tica econ�mica do pa�s analisado. Os documentos s� podem ser divulgados com o aval das autoridades locais.
O Brasil vem pressionado o FMI a revisar a metodologia de c�lculo da d�vida bruta do governo federal e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a enviar uma carta � diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde. O objetivo da reuni�o � tentar alinhar os conceitos, num momento em que o Brasil vem sofrendo cr�ticas em rela��o � sua pol�tica fiscal e emiss�es do Tesouro para capitalizar os bancos p�blicos, como BNDES e Caixa.