A t�o apregoada "�rea de Livre Com�rcio" em Xangai abriu oficialmente neste domingo, mas os detalhes de como o projeto vai funcionar na pr�tica permanecem escassos. O Conselho Estatal da China, ou Gabinete, tinha dito que a �rea seria lan�ada oficialmente na pr�xima ter�a-feira.
A cerim�nia de abertura foi restrita, visto que o projeto j� tinha sido amplamente promovido pelo primeiro-ministro da China, Li Keqiang. O ministro do Com�rcio chin�s, Gao Hucheng, foi o funcion�rio mais importante a participar do evento.
A lista de setores que s�o fechados para investimento estrangeiro na �rea de livre com�rcio dever� ser divulgado ainda neste domingo, com o entendimento que os investidores estrangeiros em todos os setores n�o ser�o submetidos ao processo de aprova��o complicado que � padr�o na China atualmente para setores que est�o abertos ao capital externo.
A �rea de livre com�rcio permitir� totalmente que bancos controlados por estrangeiros estabele�am unidades na China pela primeira vez na hist�ria. Dez bancos, dos quais oito s�o chineses e dois, estrangeiros, j� receberam aprova��o para abrir filiais na �rea de livre com�rcio, afirmaram funcion�rios em uma coletiva de imprensa para marcar a abertura do projeto. Entre esses bancos, est�o o Citigroup e o Banco de Desenvolvimento de Cingapura, bem como todas as maiores institui��es chinesas.
Os bancos na �rea de livre com�rcio dever�o ter mais liberdade para estabelecer taxas de juros e com�rcio de c�mbio, embora os detalhes ainda n�o tenham sido anunciados. Se uma moeda receber autoriza��o para flutuar livremente na �rea, os reguladores ter�o de estabelecer uma "prote��o" para evitar que ela atinja a economia dom�stica, que est� sujeita a estritos controles de capital estrangeiro.
Os funcion�rios tamb�m disseram que v�o "otimizar" a propor��o exigida entre dep�sitos e empr�stimos dos bancos na �rea de livre com�rcio, embora n�o tenham sido fornecidos detalhes adicionais. O aumento da propor��o permitir� que os bancos emprestem mais para cada yuan em dep�sitos, fornecendo apoio ao crescimento, embora de isso possa introduzir mais riscos para o sistema financeiro.
Outras medidas anunciadas at� agora incluem o fim da proibi��o da China sobre consoles de videogames, permitindo que empresas estrangeiras fabriquem esses aparelhos dentro da �rea de livre com�rcio para ent�o vend�-los em toda a China, bem como um plano para permitir que hospitais, empresas de entretenimento e opera��es de administra��o de transporte mar�timo possam ser controladas por empresas estrangeiras.
Os reguladores tamb�m planejam promover o desenvolvimento de uma mercado de negocia��o de futuros de petr�leo, que n�o existe na China atualmente. As empresas de ativos mobili�rios e futuros na �rea de livre com�rcio ter�o autoriza��o para fazer negocia��o de balc�o em commodities e derivativos financeiros no mercado dom�stico. A China promete h� muito tempo liberalizar seu mercado de futuros. No entanto, o an�ncio mais recente n�o estabeleceu um prazo espec�fico para a liberaliza��o.