O ministro da Fazenda, Guido Mantega, estimou hoje um crescimento de 40% no Produto Interno Bruto (PIB) per capita entre 2013 e 2022, chegando ao valor de R$ 30 mil ao fim do per�odo. Segundo o ministro, para isso seria necess�ria uma eleva��o de 4% no PIB, em m�dia, e o investimento teria de crescer 7% ao ano, em m�dia.
Ele destacou que o crescimento registrado de 2003 a 2012 foi 28%, sendo que o PIB per capita no pa�s era R$ 16,6 mil em 2003 e passou para R$ 21,3 mil em 2012. Nessa �poca, o PIB cresceu 3,6%, e o investimento teve alta de 5,7%.
Mantega falou na capital paulista, na abertura do 10° F�rum de Economia da Funda��o Getulio Vargas (FGV), promovido em parceria com a Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e o Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese). O tema do encontro foi Estrat�gias para Dobrar a Renda Per Capita do Brasil em 15 Anos. “Para dobrar em 15 anos, precisa de muita estrat�gia. � uma meta ambiciosa, que poucos pa�ses conseguiram atingir nesse per�odo de tempo”, disse o ministro.
Ele tra�ou um panorama sobre o crescimento do PIB per capita nos �ltimos dez anos. De acordo com Mantega, na d�cada, houve investimento em capital humano, n�o apenas em produ��o e infraestrutura.
O novo ciclo de crescimento, destacou o ministro da Fazenda, ser� impulsionado, sobretudo, pelo investimento em infraestrutura. O governo foca no Programa de Concess�es, que investe R$ 500 bilh�es em setores como portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e energia. Ele lembrou que os leil�es de energia e rodovias que est�o em andamento t�m como objetivo entregar a quest�o ao setor privado , que tem mais agilidade. “O investimento � um elevado multiplicador do PIB, � o que tem mais efeito multiplicador na economia”, declarou.
Para viabilizar investimentos, o pa�s adotou medidas de redu��o de custo. O c�mbio foi desvalorizado para favorecer o custo dos insumos, o pa�s reduziu o custo da energia, minimizou o custo da eleva��o da m�o de obra, por meio da desonera��o da folha de pagamentos, e reduziu os custos financeiros (taxa de juros) e tribut�rios (de impostos).