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Estado de Minas

FGTS � liberado para im�veis de R$ 750 mil

Aumento do valor para financiamento habitacional atende reivindica��o da constru��o civil. Limite era de R$ 500 mil


postado em 01/10/2013 07:09

Novo limite vale para Minas, Rio, São Paulo e Distrito Federal. Nos demais estados, valor passou para R$ 650 mil (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 13/9/11)
Novo limite vale para Minas, Rio, S�o Paulo e Distrito Federal. Nos demais estados, valor passou para R$ 650 mil (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 13/9/11)

Boa not�cia para os interessados em comprar a casa pr�pria. O Conselho Monet�rio Nacional (CMN) elevou para R$ 750 mil o limite de avalia��o de im�veis que podem ser financiados dentro das regras do Sistema Financeiro de Habita��o (SFH) – com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS). O limite vale para o Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro e S�o Paulo.

O novo teto de valor dos im�veis vale a partir de hoje s� para os contratos novos e n�o � retroativo, informa o Banco Central. Antes da medida, o valor m�ximo para o uso do FGTS era de R$ 500 mil no financiamento habitacional. O reajuste no valor atende pleito do setor da constru��o civil. Para os demais estados, o valor passou para R$ 650 mil. A �ltima vez que o limite de im�vel que pode ser financiado dentro das regras do SFH subiu foi em mar�o de 2009, ou seja, h� mais de quatro anos. Naquele momento, o valor subiu de R$ 350 para R$ 500 mil.

O limite de financiamento n�o pode ser superior a 80% do valor de avalia��o do im�vel. “Para financiamentos que prevejam a utiliza��o do Sistema de Amortiza��o Constante (SAC), esse percentual pode atingir 90% do valor de avalia��o”, informou o CMN.

O presidente da C�mara do Mercado Imobili�rio de Minas Gerais (CMI-MG) e do Sindicato de Habita��o de Minas Gerais (Secovi-MG), Evandro Negr�o de Lima J�nior, n�o acredita que dever� ter alta nos pre�os de im�veis em decorr�ncia da eleva��o do limite de avalia��o e financiamento. “N�o � porque o limite do FGTS mudou que a pessoa vai poder reajustar o pre�o do seu im�vel. A composi��o de pre�os de um im�vel envolve outras vari�veis”, ressalta. A medida, diz, j� vinha sendo pleiteada pelo setor havia algum tempo. “O que se comprava com R$ 500 mil h� algum tempo, hoje vale R$ 750 mil”, diz.

Um apartamento novo de quatro quartos e 140 metros quadrados no Bairro Buritis, por exemplo, vale em torno de R$ 700 mil, avalia Lucas Guerra Martins, vice-presidente da �rea Imobili�ria do Sindicato da Ind�stria da Constru��o Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG). “O limite de R$ 500 mil afastava muita gente do benef�cio. O ajuste de valores precisa ser feito de tempo em tempo”, observa.

O mercado imobili�rio de Belo Horizonte movimentou cerca de R$ 6,09 bilh�es nos sete primeiros meses deste ano. O valor representa aumento de 14,9% em compara��o com o mesmo per�odo de 2012, quando o mercado registrou R$ 5,3 bilh�es. De janeiro a julho, foram 16.079 transa��es, o que totalizou aproximadamente 2,21 milh�es de metros quadrados de �rea negociada. No mesmo per�odo do ano passado, foram 15.466 im�veis e um total de 2,13 milh�es de metros quadrados, o que demonstra aumento de 4% nas vendas em rela��o a 2012. Os dados fazem parte de pesquisa feita pela CMI/Secovi-MG, em parceria com a Funda��o Ipead. “Esse dado positivo d� mais for�a para o setor num momento em que se questiona a bolha imobili�ria e a desacelera��o do mercado. Tudo isso nos subsidia para afirmar que n�o estamos vivendo nenhum tipo de bolha”, afirma Evandro J�nior, da CMI-MG.

PRE�OS O pre�o m�dio dos apartamentos nos sete primeiros meses deste ano foi de R$ 389.738,28. O valor � 2,77% maior que a m�dia apurada no ano passado: R$ 379.224,81. “O pre�o de im�vel continua subindo, mas em ritmo menos acelerado do que nos �ltimos anos. Isso � bom, pois gera rentabilidade para quem investe”, observa J�nior. Quem adiar a compra, no entanto, vai pagar mais caro, ressalta. “Os pre�os devem continuar subindo em ritmo igual ou maior do que a infla��o”, diz.

Em julho, o pre�o m�dio dos apartamentos foi R$ 349.227,70 na capital mineira. Esse valor � 267,7% superior ao valor m�dio de apartamentos em 2004 (R$ 94.972), quando a pesquisa come�ou a ser realizada. De janeiro a julho, foram registrados 11.765 apartamentos e 1.732 casas, o que representou 86,9% do n�mero total de im�veis comercializados na capital (inclui barrac�es, vagas residenciais e comerciais, salas, lojas, lotes vagos e galp�es, al�m de apartamentos e casas). Em terceiro lugar no ranking de vendas, ficaram os lotes vagos, com 709 neg�cios. Na sequ�ncia, aparecem as salas (684 transa��es), lojas (456), vagas comerciais (266), vagas residenciais (222), barrac�es (170) e galp�es (75).

Saques de R$ 700 bi

A medida adotada ontem pelo Planalto visa impulsionar o setor, que, depois de numa forte alta de pre�os nos �ltimos anos, vem, recentemente, dando sinais de desaquecimento. Por tabela, o governo quer tamb�m estimular o mercado de trabalho e a economia, que vem caminhando em ritmo lento. Quem contrata financiamentos no �mbito do SFH pode tamb�m utilizar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS) para pagar presta��es ou abater o saldo devedor. Com a mudan�a, os saques adicionais no fundo est�o estimados em R$ 700 milh�es.

Segundo o chefe-adjunto do Departamento de Normas do Banco Central (BC), J�lio Carneiro, apesar de a medida ser um antigo pedido do setor imobili�rio, o objetivo do governo � "s� repor a infla��o do per�odo".

Na avalia��o do presidente da Associa��o Brasileira das Incorporadoras (Abrainc), Renato Ventura, a medida ajuda as pessoas de classe m�dia que estavam alijadas do mercado pelo pre�o elevado das habita��es. "O �ltimo reajuste foi em 2009 e, desde ent�o, os im�veis se valorizaram muito. O limite de R$ 500 mil estava defasado e, ainda que R$ 750 mil n�o reponha varia��es de at� 130%, muitos consumidores ter�o seu poder de compra de volta", afirmou. J� o presidente da C�mara Brasileira da Ind�stria de Constru��o (CBIC), Paulo Sim�o, acrescenta que o reajuste vai "oxigenar o setor".


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