O ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo, disse hoje (2) que a fus�o entre a Portugal Telecom e a Oi/Brasil Telecom, representa a consolida��o de um processo que j� estava sendo desenhado desde a compra de participa��es na Oi pela empresa portuguesa. O acordo de inten��es para fus�o das operadoras foi assinado hoje. A proposta inclui no processo as holdings da operadora brasileira, constituindo uma entidade �nica liderada pela companhia portuguesa.
“O caso da Brasil Telecom com a Portugal Telecom j� vinha sendo anunciado. [A Portugal Telecom] j� tinha entrado como s�cia, e ontem anunciaram movimento de fus�o entre as duas empresas. Para n�s, competi��o � bom. Ajuda o mercado. A briga entre elas faz com que o consumidor acabe ganhando”, disse Paulo Bernardo durante audi�ncia p�blica no Senado..
Paulo Bernardo citou tamb�m a possibilidade de fus�o entre outras duas grandes do setor: a Vivo, do grupo espanhol Telef�nica, e a TIM, ligada � Telecom It�lia. “Em 2007, [a Telef�nica] passou a fazer parte de um bloco que tem controle das a��es estrat�gicas da Telecom It�lia. Dez dias atr�s, anunciaram que a Telef�nica pode aumentar sua participa��o nesse bloco. Colocaram dinheiro para pagar a d�vida, o que pode ser exerc�cio para aumento de capital. Isso pode ser anunciado em janeiro”, disse o ministro.
Bernardo lembrou que s� a TIM tem 78 milh�es de n�meros de celulares no mercado. E a Vivo, cerca de 85 milh�es. “O que temos de concreto � que eles t�m at� o final dessa semana para apresentar documenta��o ao Cade e � Anatel, e que h� um acordo prevendo que a Vivo n�o pode participar das decis�es estrat�gicas da TIM.
“Se uma empresa passar a fazer parte do bloco e come�ar a interferir, [a quest�o] pode ir ao Cade, que pode obrigar a se desfazer de uma delas”, acrescentou.
A nova empresa criada com a fus�o da Portugal Telecom e Oi, a CorpCo, s� avan�ar� depois de a fus�o ser aprovada por todos os acionistas das operadoras portuguesa e brasileiras, al�m de haver um aumento de capital na ordem de 2,3 bilh�es a 2,7 bilh�es de euros, e ainda aprova��o das entidades de regula��o. A transa��o est� prevista para o primeiro semestre do pr�ximo ano.
As empresas explicaram que a fus�o surge na sequ�ncia da alian�a estabelecida em 2010, ano em que a Portugal Telecom entrou na Oi, ap�s a venda da participa��o que o grupo portugu�s detinha na brasileira Vivo � operadora espanhola Telef�nica, por 7,5 bilh�es de euros. A fus�o ir� resultar na cria��o de uma operadora de telecomunica��es que cobrir� uma �rea geogr�fica com cerca de 260 milh�es de habitantes e 100 milh�es de clientes.
O presidente executivo da nova empresa ser� Zeinal Bava, atual presidente da Portugal Telecom. O conselho de administra��o para o primeiro mandato de tr�s anos ser� composto por Alexandre Jereissati Legey, Amilcar Morais Pires, Fernando Magalh�es Portella, Fernando Marques dos Santos, Henrique Manuel Fusco Granadeiro, Jos� Maria Ricciardi, Jos� Mauro Mettrau Carneiro da Cunha, Nuno Rocha dos Santos de Almeida e Vasconcellos, Rafael Lu�s Mora Funes, Renato Torres de Faria e Sergio Franklin Quintella.
Com a fus�o conclu�da, os acionistas da Portugal Telecom dever�o ficar com 38,1% do capital da CorpCo, uma participa��o minorit�ria, e ter�o direito de voto. As a��es da CorpCo, depois de conclu�da a opera��o, ser�o negociadas nas bolsas de Lisboa, S�o Paulo e Nova York.