O diretor da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS) Elano Figueiredo pediu exonera��o do cargo nesta quinta-feira, 3, ap�s a Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia da Rep�blica recomendar sua destitui��o. O processo foi aberto com base em reportagem do jornal o Estado de S.Paulo que revelou, no dia 3 de agosto, um dia depois de ele tomar posse, que ele omitiu do curr�culo p�blico a informa��o sobre ter trabalhado para a operadora de sa�de Hapvida.
O curr�culo foi encaminhado pela Presid�ncia da Rep�blica ao Senado no processo de sabatina e � uma das refer�ncias dos senadores para avalia��o do nome. A revela��o do jornal provocou uma s�rie de manifesta��es de �rg�os de defesa do consumidor que pediram a sa�da de Elano. � a primeira vez que um diretor da ANS deixa o cargo sob questionamentos �ticos.
O jornal tamb�m revelou que Elano assinou dezenas de a��es em defesa da Hapvida, quando trabalhou para a empresa com carteira assinada, contra a ANS. Ele havia justificado que n�o incluiu o trabalho para a operadora porque apenas advogou para a empresa, mas o jornal revelou que ele foi diretor, com carteira assinada.
Em nota divulgada nesta quinta-feira, 3, Elano afirma que a decis�o da Comiss�o de �tica foi "equivocada" e que n�o apontou conflito de interesse, mesmo assim pediu sua destitui��o. A comiss�o ainda n�o divulgou oficialmente sua determina��o. O pedido de an�lise do caso pela comiss�o foi determinado pela presidente Dilma Rousseff logo ap�s a revela��o do fato pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A seguir, a nota do diretor:
"Elano Rodrigues de Figueiredo, brasileiro, casado, inscrito no RG sob o n. 90001031045 - SSP/CE, com endere�o atual na Av. Augusto Severo, 84, Bairro Gl�ria, Rio de Janeiro/RJ, vem muito respeitosamente expor e requerer o seguinte:
1. Fui nomeado, por Vossa Excel�ncia, Diretor da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar - ANS, cargo no qual tomei posse em 02/08/2013.
2. Na data de hoje, a Comiss�o de �tica dessa Digna Presid�ncia da Rep�blica entendeu, equivocadamente, que deveria recomendar a minha destitui��o do cargo em alus�o, ainda que reconhecendo n�o haver conflito de interesses na minha situa��o.
3. Com isto, mesmo convicto de que n�o pratiquei nenhuma irregularidade, seja �tica, moral ou legal, penso que o referido pronunciamento torna insustent�vel a continuidade do cumprimento do meu mandato.
4. Sirvo-me da presente, portanto, para agradecer a confian�a depositada mas, diante do fato, renunciar ao mandato que me foi conferido por Vossa Excel�ncia, pedindo que determine as provid�ncias legais cab�veis. Rio de Janeiro, 02 de outubro de 2013.