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Estado de Minas

Dispara n�mero de diss�dios na Justi�a do Trabalho


postado em 09/10/2013 08:13 / atualizado em 09/10/2013 08:52

O n�mero de processos no Tribunal Regional do Trabalho relacionados a diss�dios teve um forte aumento em 2013. Entre janeiro e setembro, foram computadas 109 a��es, acima da 61 recebidas em todo o ano passado.

O aumento consider�vel indica a dificuldade de negocia��o entre trabalhadores e empresas num cen�rio de economia fraca. “Houve um aumento substancial. A grande maioria vem por causa da Participa��o nos Lucros e Resultados”, afirma Rilma Hemet�rio, vice-presidente judicial do TRT da 2ª Regi�o, que engloba os munic�pios da grande S�o Paulo e da Baixada Santista. “Temos feito a media��o e procuramos apontar caminhos para que os casos sejam solucionados por meio do nosso n�cleo. E os resultados t�m sa�do.” De acordo com Rilma, no n�cleo, em alguns meses, as solu��es chegam a 60% dos casos.

O primeiro semestre j� mostrou que o cen�rio de negocia��o seria mais dif�cil este ano. O levantamento do Departamento Intersindical de Estat�sticas e Estudos Socioecon�micos (Dieese) apontou que 84,5% das negocia��o resultaram em ganho acima do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (INPC). O resultado � inferior ao verificado em 2012, quando 96,3% das negocia��es superaram o �ndice, mas acima do verificado em 2011.

“� um cen�rio mais complicado, ainda que a economia deva crescer mais do que no ano passado. Mas agora o contexto � diferente: houve um aumento da infla��o, a retomada da alta dos juros e a renda cresceu numa velocidade menor”, afirma Jos� Silvestre Prado de Oliveira, coordenador de rela��es sindicais do Dieese. “Tem-se o sentimento de que a economia patina.”

A expectativa do Dieese � DE que a quantidade de ganho real no segundo semestre fique no mesmo patamar dos primeiros seis meses de 2013. Normalmente ocorre o contr�rio: as negocia��es dos �ltimo semestre s�o marcadas por grandes categorias com melhor organiza��o e, portanto, mais poder de barganha. “No segundo semestre, havia uma expectativa de um resultado melhor do que no primeiro semestre por causa das categorias com maior poder de negocia��o e pelo fato de a infla��o estar cadente. Mas, pelo visto, deve manter a tend�ncia do per�odo anterior”, diz Oliveira.

Balan�o

Um balan�o da Federa��o dos Sindicatos de Metal�rgicos da CUT do Estado de S�o Paulo (FEM-CUT/SP) indica bem essa maior dificuldade de ganho neste ano. De 33 categorias de metal�rgicos que negociaram desde janeiro em todo o Pa�s, todas tiveram ganho real, mas em apenas sete o reajuste superou o de 2012.

Os banc�rios e A Federa��o Nacional dos Bancos (Fenaban) tamb�m travam uma negocia��o dif�cil. Na ter�a-feira, 8, a greve dos trabalhadores do setor completou 20 dias. Os banc�rios pedem um reajuste salarial de 11,93%, e a Fenaban ofereceu 7,1%.

Negocia��o

Apesar da economia mais fraca, as grandes categoria que ainda n�o encerraram negocia��es devem pedir reajustes expressivos. O Sindicatos dos Qu�micos de S�o Paulo prop�e um aumento de 13%. A pauta foi entregue na semana passada, e as rodadas de negocia��es come�am no dia 16.

“Estou espantando com a disposi��o dos trabalhadores. Antes do in�cio das negocia��es, j� temos duas f�bricas paradas e outras quatro querendo parar. � uma situa��o diferente dos anos anteriores”, afirma Osvaldo Bezerra, coordenador-geral do sindicato.

O Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Paulo e Mogi das Cruzes est� fazendo reuni�es setoriais para com os trabalhadores para “mobilizar a categoria”, segundo Sales Jos� da Silva, diretor do sindicato. No ano passado, os trabalhadores tiveram ganho de 8%. “Este ano a meta � ultrapassar esse valor”, afirma. O aumento real a ser debatido ainda n�o foi definido pela entidade.“Dificuldade de negocia��o todo ano tem”, afirma ele.


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