Bras�lia, 09 - A eleva��o de 0,5 ponto porcentual dos juros anunciada na noite desta quarta-feira, 9, pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central (BC) est� dentro das expectativas, afirmou a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). A taxa b�sica de juros da economia subiu de 9% para 9,5% ao ano. Mas a CNI adverte que, diante deste novo cen�rio, "a pol�tica fiscal deve ter papel mais ativo no combate � infla��o".
Segundo a entidade, um fato relevante � a discrep�ncia de tend�ncia entre os pre�os monitorados e livres. Sem a contribui��o dos monitorados, o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) dificilmente terminaria 2013 dentro do limite superior da meta de 6,5%, cita a entidade. "� importante ressaltar que esse expediente ser� bastante limitado em 2014, com a revers�o das redu��es praticadas em 2013", menciona a nota. "Nesse sentido, � necess�rio que a pol�tica fiscal tenha um papel mais ativo no combate � infla��o daqui para a frente. O maior controle dos gastos p�blicos reduzir� a necessidade de atua��o da pol�tica monet�ria e impor� menores custos ao setor produtivo", cita a CNI.
Fiesp
O novo aumento anunciado pelo Copom atrapalha a recupera��o da economia brasileira, conforme o presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Na an�lise de Skaf, "� hora de baixar juros e aumentar o investimento p�blico direto e em concess�es". Ele tamb�m afirmou acreditar que a decis�o de elevar a Selic a 9,5% ao ano neutraliza o efeito positivo da desvaloriza��o cambial para o setor produtivo. "O est�mulo � produ��o nacional dado pela desvaloriza��o cambial ser� anulado pelo aumento da taxa de juros", critica, destacando que a atual taxa de c�mbio prejudica menos a produ��o nacional.
Firjan
J� a Federa��o das Ind�strias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) avalia que o Copom j� deveria ter encerrado o ciclo de alta da Selic. Na avalia��o da Firjan, desde a �ltima reuni�o do Copom, houve mudan�as significativas no cen�rio econ�mico global. "A perspectiva a respeito do fim do programa de expans�o monet�ria Fed (Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos) j� n�o � mais t�o iminente, especialmente diante do impasse quanto � aprova��o do or�amento americano, que paralisou grande parte dos servi�os p�blicos daquele pa�s e tende influenciar negativamente a retomada da atividade econ�mica", cita a Firjan, em nota.
Diante de tal cen�rio, a Firjan argumenta que a cota��o da moeda americana recuou significativamente, reduzindo o impacto da desvaloriza��o do real sobre os pre�os dom�sticos. "Al�m disso, o resultado do IPCA de agosto, divulgado hoje, indicou o in�cio de um movimento de desacelera��o da infla��o nos pr�ximos meses", cita a federa��o das ind�strias fluminenses, em nota. "Nesse contexto, o Sistema Firjan entende que a decis�o do Copom de aumentar pela quinta vez consecutiva a taxa Selic foi equivocada e defende o fim do ciclo de aperto monet�rio na pr�xima reuni�o do colegiado", conclui a Firjan.