(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bares viram 'arquibancada' e lucro triplica com bons momentos de Atl�tico e Cruzeiro

Donos de estabelecimentos apostam em bandeiras para cativar 'cliente-torcedor'


postado em 12/10/2013 06:00 / atualizado em 12/10/2013 09:04

Donos investem em telões e exibição de jogos garante contas robustas(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Donos investem em tel�es e exibi��o de jogos garante contas robustas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

A paix�o pelo futebol e o bom momento do Cruzeiro e do Atl�tico, os dois principais clubes mineiros, est�o aumentando o faturamento dos bares que exibem as partidas de futebol em Belo Horizonte. Nos dias de jogo, o faturamento pode at� triplicar, como ocorreu com o Galo durante a Libertadores e vem acontecendo com o Cruzeiro no Brasileir�o. Lucram mais os bares que se posicionam por um dos times, mas tamb�m h� espa�o para engordar o caixa naqueles que exibem os jogos dos dois times. De acordo com Fernando J�nior, presidente da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), para lucrar com a presen�a das torcidas, os donos dos estabelecimentos devem se posicionar.

“Cada bar tem que se conceituar. Estamos pr�ximos de um grande evento futebol�stico. � preciso haver espa�o para juntar as pessoas. O bar � um local democr�tico”, avalia J�nior. No Sagrada Fam�lia, a Pizzaria do Ga�cho anda faturando at� tr�s vezes mais do que em dias de jogos comuns com a boa performance do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro. Alexandre Rossi Muradas, um dos propriet�rios da casa, comanda um bar de cruzeirenses num bairro com presen�a massiva de moradores atleticanos. “Aqui a entrada de atleticanos n�o � proibida, a gente at� exibe os jogos do Atl�tico, mas, quando os dois times est�o disputando no mesmo hor�rio, a prioridade � da Raposa”, explica.

Segundo ele, nos dias de jogos, o faturamento aumenta 100% comparado com o do fim de semana. Em geral, numa quarta-feira comum, a pizzaria fica com uma ou duas mesas ocupadas. Na quarta passada, durante Cruzeiro X S�o Paulo, a casa estava lotada, os tira-gostos sa�am a todo momento, acompanhados de cerveja gelada. “Com uma campanha boa, como a do Brasileir�o, a gente mais que triplica o faturamento. No caso de uma campanha regular, a cada domingo, durante o jogo, o estabelecimento vende cerca de 20 caixas de cerveja. Agora, esse n�mero � superior a 25. O posicionamento ajuda bastante”, avalia Muradas.

O Bar do Salom�o, h� 70 anos no Bairro Serra, optou por ser um local de encontros de atleticanos em sua origem. O dono hoje � Salom�o Jorge Filho, que segue os passos do av� e do pai no comando do neg�cio. “Nunca vendemos tanto quanto na final da Libertadores. Reunimos cerca de 4 mil pessoas na pra�a. Vendemos cerca de 4 mil lat�es de cerveja. Deu para faturar um dinheiro bom”, diz. De acordo com ele, esse p�blico s� rivaliza, e mesmo assim de longe, com os dos domingos de cl�ssico, quando cerca de 1 mil torcedores se re�nem em volta do estabelecimento para ver o Galo. Nesses dias, para atender a todos, o �nico tira-gosto do bar � feij�o-tropeiro, a cerveja � somente de lata e as vendas s�o realizadas na base das fichas.

CAMPANHAS VITORIOSAS

A conceitua��o, por�m, n�o precisa ser necessariamente a defini��o pela bandeira de um time. Mattias Gangl, um dos administradores da Choperia Krug Bier, diz que no atual Campeonato Brasileiro foram instalados dois tel�es no sal�o do estabelecimento, por isso � poss�vel exibir jogos do Atl�tico e do Cruzeiro ao mesmo tempo. “Antes era um tel�o s�, mas os pilares atrapalhavam a vis�o de alguns clientes. Com os dois, a vis�o de jogo ficou boa para todo mundo”, explica. A estrat�gia rendeu � Krug Bier um aumento de p�blico de cerca de 35% nos dias de jogos. “Campanhas vitoriosas t�m um impacto bom para atrair clientes. Na Libertadores, depois que o Atl�tico passou das eliminat�rias, houve um acr�scimo de p�blico da ordem de 70%”, diz.

O futebol tamb�m est� levando mais clientes ao Bar do Ant�nio, no Sion. Roberto Bontempo, s�cio-propriet�rio da casa, lembra que no dia da vit�ria do Galo na Libertadores da Am�rica houve recorde de p�blico. “Nunca vi o bar t�o cheio. Abrimos �s 11h e s� fechamos na madrugada seguinte, � 1h. Nosso faturamento aumentou 50% na compara��o com um dia de jogo normal”, contabiliza. Quando o jogo come�a, por�m, ele diz que os clientes esquecem a comida e s� se lembram da cerveja. “Ningu�m quer parar para ler o card�pio. A sa�da foi elaborar pratinhos de tira-gosto e oferecer nas mesas. Nos dias de jogos normais, as vendas aumentam de 15% a 20%”, afirma.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)