O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) sugere no documento final de sua reuni�o anual que o Brasil fa�a reformas para acelerar o investimento em infraestrutura, melhore gradualmente sua situa��o fiscal e diz que, em meio �s press�es inflacion�rias, o Pa�s tem espa�o limitado para flexibilizar a pol�tica monet�ria. As sugest�es constam do relat�rio "Agenda de pol�tica global da diretora gerente", que faz um sum�rio da situa��o da economia mundial, os desafios para os pa�ses e sugest�es de pol�tica econ�mica.
Os pa�s emergentes devem deixar suas moedas se ajustarem ao novo cen�rio da economia global. Mas naqueles com n�veis bons de reservas internacionais, o governo deve intervir no mercado de c�mbio para evitar volatilidade excessiva, recomenda o FMI.
Com a mudan�a da pol�tica monet�ria nos pa�ses desenvolvidos, os emergentes podem experimentar volatilidade adicional e press�es no mercado financeiro, incluindo "severos" problemas no balan�o de pagamentos daqueles pa�ses com fundamentos mais fracos.
Sobre infraestrutura, o documento cita que � "cr�tico" que os emergentes removam obst�culos estruturais que impedem um maior crescimento e cita o Brasil e �ndia como aqueles que precisam de reformas para acelerar o investimento e melhorar os estrangulamentos pelo lado da oferta.
O relat�rio volta a ressaltar que o crescimento dos mercados emergentes est� se desacelerando em meio a condi��es financeiras mais duras e crescentes estrangulamentos no setor de infraestrutura. Al�m disso, o espa�o para estimular a atividade por meio do aumento de gastos do governo e empr�stimos de bancos p�blicos est� chegando ao limite e "n�o pode mais ser confiado como um motor para o crescimento". Em um outro relat�rio, o FMI j� havia destacado que a estrat�gia do Brasil de usar os bancos do governo para dar cr�dito estava comprometendo a d�vida p�blica.
No caso dos pa�ses desenvolvidos, o documento cita que eles n�o podem confiar apenas na pol�tica monet�ria para estimular o crescimento, sobretudo no caso do Jap�o. Para os Estados Unidos, a recomenda��o � de reforma fiscal mais balanceada e gradual no m�dio prazo e n�o t�o intensa como foi este ano com a entrada em vigor dos cortes autom�ticos de gastos p�blicos em mar�o. O relat�rio fala ainda que os EUA precisam elevar o teto da d�vida p�blica e acabar com a paralisa��o do governo, que caminha para sua terceira semana.
No caso da Europa, a recomenda��o � de reformas estruturais para estimular a atividade e redu��o da fragmenta��o financeira, com uni�o banc�ria completa na regi�o. "A regi�o aos poucos vai saindo da recess�o."