A desacelera��o nos pre�os do varejo impulsionou as vendas em agosto. A avalia��o � do economista Fabio Bentes, da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC), a respeito dos n�meros divulgados nesta ter�a-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O crescimento de 0,9% no volume das vendas no varejo restrito ante julho veio acompanhado de uma infla��o de 0,1% no setor (abaixo dos 0,24% medidos pelo IPCA). Para o m�s de setembro, no entanto, Bentes projeta avan�o menor, de 0,5%, ante agosto, em raz�o da alta de pre�os, que deve ficar em 0,17% no m�s.
Mesmo assim, o segundo semestre aponta para uma recupera��o. "O primeiro semestre foi o pior em dez anos, com crescimento de apenas 3% em termos reais. No segundo semestre, nossa previs�o de avan�o � de 5,9%, quase o dobro do primeiro", afirmou Bentes. O resultado de agosto tamb�m levou a CNC a revisar a proje��o para o ano de 2013, para alta de 4,5% (ante 4,2% na previs�o anterior).
Ainda que o resultado do segundo semestre consiga trazer f�lego ao setor, Bentes destaca que todas as atividades pesquisadas pelo IBGE v�o mostrar um desempenho mais fraco do que em 2012. O pessimismo inclui as vendas em datas comemorativas. Para o Natal, por exemplo, as vendas devem crescer em torno de 5%, bem abaixo dos 8,1% observados em 2012. "N�o h� esperan�a de que o com�rcio repita o desempenho do ano passado", afirmou.
Segundo ele, a alta dos juros tem comprimido a demanda por bens dur�veis, o que tamb�m influencia os resultado. At� agosto, este segmento acumula alta de 7% no volume de vendas. Nos 12 meses de 2012, a alta foi de 10,5%, patamar que n�o deve ser atingido este ano. "A taxa para obten��o de cr�dito est� mais alta e s� n�o atrapalha mais porque o prazo para o pagamento ainda est� aumentando", afirmou.
Entre os bens dur�veis est�o inclu�dos m�veis, eletrodom�sticos, equipamentos e materiais para escrit�rio, inform�tica e comunica��o e outros artigos de uso pessoal e dom�stico. O setor de ve�culos n�o est� inclu�do neste c�lculo, mas tamb�m deve apresentar crescimento mais modesto em 2013, em fun��o da recomposi��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A alta deve ser de 3% este ano, segundo a CNC, ante 7,3% em 2012.
Bentes destaca ainda a infla��o, que afeta sobretudo o setor de hiper e supermercados. O avan�o do segmento foi de 1,3% entre janeiro e agosto de 2013.