Petroleiros em greve param 15 plataformas e ocupam MME

Trabalhadores da Petrobras iniciaram na madrugada esta quinta-feira, 17, greve geral que interrompe, segundo a Frente �nica dos Petroleiros (FUP), a produ��o em plataformas, refinarias, terminais e sedes administrativas da estatal em todo o Pa�s. Segundo a FUP, cerca de 39 plataformas da Bacia de Campos, respons�vel por 80% da produ��o da Petrobras, aderiram ao movimento. A produ��o est� parada em 15 delas, segundo os sindicalistas.

Um grupo de manifestantes tamb�m ocupa desde o in�cio da manh� a sede do Minist�rio de Minas e Energia, em Bras�lia. Eles impedem a entrada de funcion�rios. O minist�rio, segundo a Ag�ncia Brasil, entrou na Justi�a com um pedido de reintegra��o de posse.

Os grevistas tamb�m fazem bloqueios em rodovias, como a Washington Luis, no Rio de Janeiro, que d� acesso � Refinaria Duque de Caxias (Reduc). De acordo o diretor da FUP, Leopoldino Jos� de Oliveira, a ades�o ao movimento � de 100% na refinaria.

Segundo o sindicato, as plataformas onde os trabalhadores est�o em greve est�o sendo operadas por equipes de conting�ncia da estatal, formada por gerentes e supervisores sem experi�ncia operacional, "o que coloca em risco a seguran�a das equipes e das pr�prias unidades", diz um comunicado encaminhado � imprensa. Procurada a Petrobras ainda n�o se manifestou sobre o assunto.

Hist�rico

O movimento teve in�cio no primeiro minuto de hoje, durante a troca de turno nas plataformas e refinarias, e deve continuar at� a pr�xima segunda-feira, dia 21, quando ser� realizado, no Rio, o primeiro leil�o de uma �rea de Pr�-Sal no Pa�s. A principal reivindica��o dos grevistas � a suspens�o do leil�o daquilo que � considerado um dos maiores reservat�rios de petr�leo do mundo. "Estamos estudando a realiza��o de um grande ato, na segunda-feira, contra o leil�o", afirma Leopoldino Jos� de Oliveira.

Est�o previstas manifesta��es em todo o Pa�s ao longo do dia. No Rio, �s 17h, os petroleiros fazem uma passeata pelo Centro. Os trabalhadores tamb�m reivindicam reajuste salarial de 12,5%, e a retirada da tramita��o do Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceiriza��o nas empresas.

"A Petrobras apresentou uma proposta de reajuste que foi rejeitada em assembleia pelos trabalhadores. Se a empresa n�o apresentar nova proposta, o movimento pode continuar mesmo depois do dia 21", completou Oliveira.

Al�m da Reduc, o sindicato contabiliza paralisa��es em Manaus (Reman/AM), Paul�nia (Replan/SP), Mau� (Recap/SP), Mataripe (Rlam/BA), Gabriel Passos (Regap/MG), Paran� (Repar), Alberto Pasqualine (Refap/RS), Abreu e Lima (PE), al�m da SIX (unidade de Xisto/PR), da FAFEN (f�brica de fertilizantes/BA), Termorio (Duque de Caxias), usinas de Biodiesel e termoel�tricas e campos terrestres de produ��o de petr�leo na Bahia, Esp�rito Santo e Rio Grande do Norte. H� mobiliza��o tamb�m em terminais da Transpetro no Amazonas, Pernambuco, S�o Paulo, Santa Catarina, Paran� e Rio Grande do Sul.