A necessidade do governo de usar os recursos do primeiro leil�o do pr�-sal para fechar as contas do Pa�s em 2013 atrapalhou a competitividade pela �rea gigante de Libra, na licita��o que acontece segunda-feira, no Rio, segundo analistas. �s v�speras do leil�o, o desenho da disputa se encaminhava para apenas um grande cons�rcio, de cinco componentes, disposto a pagar os R$ 15 bilh�es de b�nus de assinatura do prospecto que, sozinho, pode quase dobrar as reservas do Pa�s.
As chinesas, grandes favoritas para entrar com for�a no maior leil�o de uma �rea de petr�leo j� realizado no Pa�s, devem ter participa��o minorit�ria na disputa, segundo uma fonte envolvida nas negocia��es. A Petrobr�s entrar� com parcela significativa dentro do cons�rcio, acima dos 30% exigidos pela Lei de Partilha que se aplica � regi�o do pr�-sal. Ter� ao seu lado duas chinesas (CNPC e CNOOC), uma das duas grandes empresas petroleiras privadas inscritas (possivelmente, a Total) e uma quinta empresa.
A oferta n�o ficaria muito acima do m�nimo estabelecido pelo governo: pelo menos 41,65% da produ��o precisar�o ser divididos com a Uni�o. Est�o fora do cons�rcio da Petrobr�s a Repsol/Sinopec (de origem espanhola e chinesa), a malaia Petronas e a japonesa Mitsui, segundo a fonte envolvida nas negocia��es.
As seis empresas que n�o est�o com a Petrobr�s, em tese, poderiam formar um segundo cons�rcio de at� cinco componentes. Mas esta forma��o era considerada improv�vel at� a noite de ontem (18).
B�nus
A Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP) havia defendido at� junho um b�nus de R$ 10 bilh�es de forma a aumentar a concorr�ncia. Mas o governo cravou os R$ 15 bilh�es, que precisar�o ser pagos � vista e ajudar�o nas metas das contas p�blicas. Todo o processo foi acelerado de forma a viabilizar o pagamento ainda neste ano.
Das 40 empresas com capacidade de disputar, apenas 11 se inscreveram em setembro, a maioria estatal, sendo seis asi�ticas. Gigantes como Exxon, Chevron e BP ficaram de fora.
As regras do leil�o que contribu�ram para que as empresas privadas desistissem da disputa tamb�m desagradaram chineses. N�o foi criticado o modelo em si, mas o b�nus alto demais, al�m de detalhes como falta de corre��o monet�ria para os custos que poder�o ser descontados antes de o �leo ser partilhado com a Uni�o.
Segundo a fonte envolvida nas negocia��es, a Mitsui estaria mais interessada na 12.ª Rodada de Licita��es, voltada para campos em terra com o objetivo de desenvolver as reservas de g�s convencional e n�o convencional.