Os petroleiros do litoral paulista decidiram realizar greve por tempo indeterminado contra o leil�o de Libra, o primeiro a ser licitado no pr�-sal brasileiro, durante assembleia realizada na noite de sexta-feira. Os grevistas tamb�m reivindicam aumento de 16,53% no sal�rio base no �mbito das negocia��es do Acordo Coletivo de Trabalho 2013.
A categoria vinha fazendo, na Baixada Santista, atrasos de tr�s horas na entrada dos trabalhadores de turno na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubat�o, em Caraguatatuba, e tamb�m nas plataformas de Merluza e Mexilh�o, desde a �ltima quinta-feira por meio da emiss�o de Permiss�o de Trabalho (Pts).
Evolu��o dos protestos. Durante assembleia realizada na noite de ontem foram colocadas em vota��o duas propostas: manuten��o dos atrasos ou evolu��o dos protestos para greve. Segundo o Sindicato, votaram a favor dos atrasos 43 trabalhadores. J� a greve por tempo indeterminado teve a ades�o de 113 sindicalistas. Os grevistas v�o avaliar se continuam com a paralisa��o na pr�xima ter�a-feira, em assembleia. “At� l�, a categoria estar� de bra�os cruzados. � greve pra valer”, destaca o sindicato, por meio de nota, em seu site.
Segundo o Sindicato, o envio de mais de mil homens da For�a Nacional, Ex�rcito e outras institui��es repressivas do Estado para o hotel Windsor, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde ser� realizado o leil�o.
A decis�o � uma amostra de que, por um lado, o governo est� acuado com as mobiliza��es feitas no pa�s desde junho, ressaltando que o governo tentar� “a todo custo” entregar “uma riqueza inalien�vel ao estrangeiro”. No entanto, o Ex�rcito dever� fechar parte da praia durante o leil�o, justamente para evitar este tipo de manifesta��o.
‘Crime’. O leil�o de Libra agendado para a pr�xima amanh� � considerado pelo Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, um “crime de lesa-p�tria”. “Se o governo quer nos derrotar com o Ex�rcito, temos em nossas m�os - ao lado da juventude e dos demais trabalhadores nas ruas - a capacidade de parar a maior companhia do pa�s”, frisa o Sindicato.