O governador de Pernambuco e presidenci�vel, Eduardo Campos (PSB), recomendou a altern�ncia do poder como instrumento para se evitar que um partido agregue "defeitos" como corrup��o e briga por cargos, reconhecidos pelo ex-presidente Lula ao falar sobre os v�cios acumulados pelo PT, que comanda o governo federal h� 11 anos, em entrevista ao jornal espanhol El Pais.
Para Campos, os quadros partid�rios v�o "ganhando simplicidade com esta altern�ncia, v�o ganhando o chamado fio terra, v�o ficando linkados com o dia a dia". "O que blinda as institui��es dos v�cios e distor��es � a capacidade de se inovarem, de estarem submetidas ao controle social, � altern�ncia de papel que passa a cumprir na vida pol�tica do pa�s", complementou, em entrevista na manh� desta segunda-feira, 21, durante vistoria de obras de amplia��o do Hospital Bar�o de Lucena, no bairro da Iputinga, no Recife. "Por isso � importante que todo tempo os partidos possam governar, fazer oposi��o, cuidar com responsabilidade do seu papel naquele determinado momento hist�rico".
Ele afirmou que o PSB - como partido que mais cresce no Pa�s - tem a "obriga��o de aprender com os erros dos outros", precisa "estar preparado para assumir responsabilidades e, na medida em que assume responsabilidades maiores, ter a preocupa��o para n�o reproduzir os velhos erros".
� tarde, o governador receber� o presidente estadual do PT, deputado federal Pedro Eug�nio, para comunicar a decis�o do partido de entregar os cargos no governo estadual e nas prefeituras do Recife e de Paulista, na regi�o metropolitana. Somente depois ele comenta o assunto.
Grandes obras
Indagado sobre se � poss�vel imprimir mais agilidade e cumprir cronogramas diante da lentid�o de obras federais como a ferrovia Transnordestina e a Transposi��o das �guas do Rio S�o Francisco, Eduardo Campos respondeu n�o ser simples, mas ser poss�vel.
Ele exemplificou a dificuldade de cumprimento de cronogramas com a pr�pria obra de amplia��o do Hospital Bar�o de Lucena, que havia acabado de vistoriar. "Para mudar um elevador, se teve de mudar toda a estrutura, o pr�dio � antigo", disse ele, ao observar as dificuldades nem sempre previstas que podem surgir ao longo de uma obra. Para enfrentar os desafios exigidos por grandes obras, ele apontou um "time" de gente qualificada e um sistema unificado de gest�o e controle nos munic�pios, nos Estados e na Uni�o.