O real foi a moeda que mais se apreciou no mundo ante o d�lar, com alta de 12%, entre 22 de agosto e 21 de outubro, segundo dados divulgados hoje, em Cingapura, pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. Ele apresentou um panorama sobre a economia brasileira e as oportunidades de investimentos no pa�s para mais de 70 investidores.
De acordo com dados da apresenta��o, divulgada pelo BC, a alta do real ocorreu depois do an�ncio do programa de swap cambial (venda de d�lares no mercado futuro) e de leil�es de venda de d�lares com compromisso de recompra.
Segundo Tombini, a pol�tica cambial tem sido bem-sucedida e o resultado contribui para conferir previsibilidade � oferta de prote��o cambial para os agentes econ�micos durante o atual per�odo de transi��o da economia internacional.
No per�odo analisado, a moeda brasileira se valorizou mais que o d�lar da Nova Zel�ndia (8%) e da Austr�lia (7,2%) e tamb�m da moeda da �ndia (5,1%), a rupia, por exemplo. O presidente do BC considerou favor�vel o resultado o leil�o do Campo de Libra, que ocorreu segunda-feira. Na avalia��o do presidente do BC, todas essas iniciativas criam condi��es para a expans�o dos investimentos no Brasil e, consequentemente, do PIB potencial nos pr�ximos anos.
De acordo com nota do BC, Tombini disse tamb�m que a confian�a das empresas e das fam�lias mostra recupera��o no per�odo recente. Para ele, a consolida��o da trajet�ria positiva da economia como um todo, e para o investimento em particular passa pelo fortalecimento desses indicadores.
Na apresenta��o, Tombini ainda ressaltou que o crescimento econ�mico tem se materializado de forma gradual, destacando o desempenho da produ��o de bens de capital, ligados ao investimento. Ele lembrou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu em ritmo superior a 6%, em termos anualizados, no segundo trimestre.
Tombini destacou aos investidores que as reformas realizadas pelo governo para ampliar a produtividade e a competitividade da economia brasileira, o programa de investimento em log�stica, com concess�es de aeroportos, rodovias, portos e ferrovias, bem como as oportunidades no �mbito da explora��o do pr�-sal.
O presidente do Banco Central reafirmou ainda que a pol�tica monet�ria (defini��o da taxa b�sica de juros, a Selic) deve se manter especialmente vigilante, de modo a mitigar riscos � frente e contribuir para o declino da infla��o.